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Daniel Alves: relembre o caso de estupro envolvendo o ex-jogador, absolvido por tribunal espanhol

Tribunal Superior da Catalunha decidiu, por unanimidade, anular a sentença

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 28 de março de 2025 às 08:49

Daniel Alves deixou prisão em Barcelona em março
Daniel Alves deixou prisão em Barcelona em março do ano passado Crédito: Reprodução

A Justiça da Espanha absolveu, nesta sexta-feira (28), o ex-lateral Daniel Alves da acusação de agressão sexual. O Tribunal Superior de Justiça da Catalunha (TSJC) decidiu, por unanimidade, anular a sentença que havia condenado o baiano a 4 anos e 6 meses de prisão, alegando que o depoimento da vítima não era prova suficiente.

O ex-jogador foi acusado de estuprar uma jovem de 23 anos em 30 de dezembro de 2022. A agressão sexual teria ocorrido na boate Sutton, em Barcelona. Daniel Alves foi preso em janeiro de 2023 e ficou mais de um ano atrás das grades aguardando julgamento. Ele pagou 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões) e estava em liberdade condicional desde março do ano passado.

O caso veio à tona quando o diário espanhol ABC noticiou no dia 31 de dezembro de 2022 que Daniel, que servia a Seleção Brasileira na Copa do Mundo do Catar algumas semanas antes, havia violentado sexualmente uma mulher em uma casa noturna e Barcelona. A equipe de segurança da casa acionou a polícia catalã, que colheu o depoimento da vítima, também registrado nas câmeras utilizadas nas fardas dos agentes. A Justiça espanhola aceitou a denúncia do Ministério Público no dia 10 de janeiro e passou a investigar o brasileiro.

O jogador foi pego em algumas contradições ao mudar as versões apresentadas à polícia, o que o levou à prisão preventiva. De acordo com o El Periodico, ele havia mudado seu depoimento ao Tribunal de Justiça, o que não foi bem visto pelo júri do caso.

Inicialmente, para a polícia e em entrevista a um programa de televisão espanhol, o baiano afirmou desconhecer a vítima. Porém, dois dias depois, em seu depoimento, falou que houve uma relação, mas que teria sido consensual. Ele voltou a depor na Justiça espanhola em abril de 2023 e disse ter mudado as versões para tentar esconder a infidelidade de Joana Sanz, que chegou a entrar em processo de divórcio meses após a prisão, mas desistiu da separação.

Em seu depoimento, a vítima disse à polícia que estava dançando com seus amigos quando foi abordada pelo jogador, que teria se apresentado como "Dani" e dito que era "jogador de petanca em Hospitalet", um município da Espanha. No entanto, os amigos da jovem teriam reconhecido o brasileiro.

Daniel Alves teria se aproximado dos amigos da vítima e os tocado. Em seguida, teria ficado atrás da jovem, falando em português, até o momento em que agarrou a mão dela com força e levado até seu pênis, o que teria se repetido duas vezes diante da resistência da mulher.

O jogador teria levado a vítima para um banheiro e a impedido de sair. Lá dentro, ele teria sentado no vaso sanitário e puxado o vestido da jovem para cima, obrigando-a a se sentar sobre ele enquanto proferia expressões ofensivas. Em seguida, ele teria tentado forçá-la a praticar sexo oral. A vítima teria resistido. Depois, ainda de acordo com o depoimento da jovem, ele teria batido nela e a colocado no chão para, novamente, forçar uma relação sexual. Por fim, teria dito que ela devia esperar para sair do banheiro depois dele.

O jogador teria voltado para a festa em seguida, mas, quando a vítima relatou a ocorrência para os seguranças da boate, ele já teria ido embora. 

A jovem teria entrado em estado de choque e caído no choro, o que chamou atenção dos funcionários da Sutton. Uma policial que atendeu a vítima tinha uma câmera de segurança acoplada ao uniforme que registrou imagens da jovem chorando inconsolavelmente. Na ocasião, ela disse que se sentia "envergonhada" e também "culpada" por ter aceitado entrar em espaço reservado onde estava o jogador.

Depois das primeiras declarações à polícia, ela foi encaminhada para o Hospital Clínic, reconhecido como um centro de referência para onde as vítimas de agressões sexuais em Barcelona são encaminhadas. O laudo médico constatou lesões compatíveis com a luta, como escoriações no joelho. Também foram obtidos restos de líquido seminal que foram comparados com uma amostra de DNA que o brasileiro aceitou entregar para os investigadores. O legista concluiu que a jovem estava "orientada" e se expressou de forma "coerente".

Dois dias depois, a jovem denunciou o jogador. Três semanas depois da acusação de agressão sexual, o baiano teve a prisão preventiva pedida pelo Ministério Público.