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Gabriel Rodrigues
Publicado em 2 de novembro de 2024 às 05:00
Considerado o principal pilar do time do Bahia em 2024, o meio-campo pode ganhar uma nova configuração na partida contra o São Paulo, na próxima terça-feira (5), às 21h30, na Fonte Nova, pelo Campeonato Brasileiro. Diferente de outros momentos, quando precisou mudar a equipe por questões físicas ou suspensões, dessa vez, a alteração pode acontecer por opção de Rogério Ceni.
A forma como o Esquadrão se comportou durante a derrota por 3x2 para o Vasco, em São Januário, na rodada passada da Série A, deixou Ceni insatisfeito, e o treinador prometeu fazer mudanças no time considerado titular. O técnico não confirmou quem deve sair, mas uma das possibilidades é que Jean Lucas vá para o banco de reservas.
Titular absoluto do tricolor desde início do ano, o camisa 6 é o terceiro jogador que mais atuou pelo Bahia este ano. Ele disputou 55 confrontos e fica atrás apenas de Caio Alexandre, que lidera a lista, com 57 partidas, e Luciano Juba, que tem 56.
Porém, Jean virou um dos alvos de críticas da torcida. Contra o Vasco, ele não fez um bom jogo e foi substituído por Ademir ainda no primeiro tempo, quando o Esquadrão perdia por 3x0.
Se Rogério Ceni realmente decidir sacar o atleta do time, é grande a chance de Acevedo ficar com a vaga. O uruguaio voltou a jogar depois de dez meses parado por conta de uma cirurgia para a reconstrução do ligamento do joelho, rompido na última rodada do Brasileirão do ano passado, e deixou boa impressão.
De acordo com o site de estatísticas Sofascore, Acevedo conseguiu cinco desarmes e foi o líder do Bahia no quesito em São Januário. Ele também liderou os duelos ganhos (8), acertou todas as bolas longas e criou uma grande chance. Após a partida, o uruguaio afirmou que está preparado caso seja escolhido por Rogério Ceni.
“Eu estou pronto para ajudar a equipe, é seguir trabalhando para buscar os três pontos contra o São Paulo”, disse, antes de completar:
“Fiquei um tempo fora e vi uma equipe muito bem, que encontrou um estilo, é prazeroso ver o time jogar e temos que voltar ao básico, defender, atacar, jogar bola. Talvez esteja faltando um pouco mais de garra, de energia, de atitude, mas acredito que, treinando bem na semana, vamos conseguir fazer uma boa partida”.
Entre outras opções, o Bahia conta também com Yago Felipe e Carlos de Pena, atletas que perderam espaço e correm por fora. Rezende, que era considerado uma peça importante no início do ano, começou o período de transição para o campo e não deve ter condição de atuar.
A possível entrada de Acevedo mudará o estilo de jogo do Bahia. Logo de cara, o jogador dará mais poder de marcação ao time. Além disso, Caio Alexandre ganhará mais liberdade. Volante com característica de construção, ele tem jogado na função de primeiro homem de meio-campo na composição pensada por Ceni.
Por outro lado, a mudança marcaria a não utilização do quarteto formado por Caio Alexandre, Jean Lucas, Everton Ribeiro e Cauly pela primeira vez por opção técnica. Rogério Ceni nunca escondeu que moldou o estilo de jogo baseado nestes jogadores.
Juntos, eles foram titulares em 23 embates do Brasileirão, alcançando 11 vitórias, quatro empates e oito derrotas. Um aproveitamento de 53,6%. O desempenho, inclusive, é melhor do que o apresentado pelo time baiano no geral, que atualmente é de 49%.