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Alan Pinheiro
Publicado em 14 de novembro de 2024 às 05:50
O segundo turno do Bahia no Campeonato Brasileiro não está correspondendo às expectativas dos torcedores. Se a vaga na Libertadores 2025 parecia quase uma realidade durante a metade inicial da Série A, o Esquadrão agora vê o sonho de voltar ao torneio continental ameaçado. O time vive uma sequência negativa e entra na Data-Fifa após perder quatro dos últimos cinco jogos que disputou.
A má fase passa por um problema óbvio: os gols sofridos. O tricolor é o 7º clube que mais viu suas redes serem vazadas no returno do Brasileirão: 19 vezes. É uma média de 1,35 tento por compromisso. Apenas Juventude (28), Athletico-PR (23), Atlético-GO (21), Vasco (21), Atlético-MG (20) e Criciúma (20) possuem números piores.
De acordo com levantamento feito pelo CORREIO, desses 19 gols tomados pelo Bahia no returno, 14 vieram pelo chão. Outros dois ocorreram pelo alto e os últimos três, de pênalti.
Um ponto que gera alerta para o técnico Rogério Ceni está na quantidade de vezes em que o time foi vazado a partir de uma finalização na pequena área: seis. O que representa quase um terço dos gols sofridos nos últimos 14 duelos. Os números mostram que a defesa tem oferecido espaço aos adversários para chutar, principalmente perto da meta defendida por Marcos Felipe.
Se a estrutura montada pelo treinador está permitindo finalizações na pequena área, é preciso, ao mesmo tempo, se atentar às tentativas de longa distância: cinco gols sofridos vieram desta forma. Outro ponto de destaque são os tentos originados em jogadas pelo alto, seja através de cruzamentos ou bolas paradas: dois, o que mostra um bom comportamento aéreo defensivo nas partidas mais recentes.
Após a derrota para o Juventude, Ceni admitiu que a equipe não está mais desempenhando no mesmo nível que no início do Brasileirão. O treinador, no entanto, mirou os jogos restantes para recuperar a boa fase. “Caímos muito de produção no segundo turno, mas, com todas as dificuldades, ainda temos tempo. São três jogos em casa para se superar e entregar um bom futebol. Melhorar as tomadas de decisão para evitar erros de passe e erros básicos que não cometemos antes”, comentou.
O levantamento do CORREIO também analisou os 15 gols anotados pelo Bahia no returno. Destes, 11 vieram de dentro da área, sendo que três deles aconteceram na pequena área. Os outros quatro foram em finalizações de fora da área.
Quando se trata de bola aérea ofensiva, o Esquadrão balançou as redes adversárias quatro vezes - o que representa 26% do total. Os responsáveis foram Thaciano (2x), Luciano Rodríguez e David Duarte.
Na esperança de melhorar os números, o Bahia terá um longo período para treinos. O próximo desafio será apenas no dia 20, próxima quarta-feira, diante do Palmeiras. O duelo será às 18h, na Arena Fonte Nova, pela 34ª rodada do Brasileirão.