Condé vê reta final da Série B como 'Copa do Mundo' para o Vitória

Uma Copa do Mundo. É desta forma que o técnico Léo Condé vê a reta final do Vitória nesta Série B. Afinal, para alcançar a decisão do Mundial, uma seleção tem que fazer sete partidas - mesma quantidade que o Leão tem pela frente até o término da Segundona. O rubro-negro é o líder da competição com 58 pontos, três a mais que o segundo colocado, o Sport.

"Sem dúvida nenhuma, agora, mais do que nunca, o planejamento é sempre o foco no próximo jogo. São sete grandes decisões que vamos ter pela frente. Talvez a nossa Copa do Mundo aí, que são sete jogos. Vamos precisar, nesta reta final, encarar os jogos dessa maneira. Não tem como ser diferente, até porque o campeonato está muito ajustado", disse o comandante, em entrevista coletiva nesta sexta-feira (13).

A primeira missão dessa sequência será diante do Guarani, um adversário que também briga pelo acesso à elite do futebol nacional. Depois, a equipe terá pela frente o Sampaio Corrêa, Juventude, Vila Nova, Novorizontino, Sport e Chapecoense. No primeiro turno, o Vitória somou 12 pontos diante destes mesmos rivais. Mas Condé preferiu evitar a comparação.

"É normal ter esses recortes, tentar fazer essas comparações. Mas são contextos diferentes. Nessas sete rodadas, vamos jogar quatro em casa e três fora, isso tem um peso, tem se mostrado na competição. É claro que algumas equipes evoluíram e ajustaram muito neste período, outras nem tanto. Então, são contextos diferentes, cada jogo vai ter sua história. A gente tem que trabalhar muito bem e fazer cada jogo melhor que o anterior para que a gente possa, no somatório geral, alcançar a pontuação necessária tanto para o acesso e, quem sabe, na busca, na briga por um possível título", afirmou.

Para enfrentar o Guarani, Condé terá dois desfalques. O técnico confirmou as ausências do lateral Zeca e do volante Matheus Trindade, que se recuperam de lesão. De acordo com o treinador, a expectativa é que a dupla possa jogar a rodada seguinte, contra o Sampaio Corrêa, fora de casa.

"A princípio, não [jogam]. Eles estão na fase de transição. A gente está otimista de tê-los, a partir da semana que vem, aptos para jogar".

Condé também comentou sobre Giovanni Augusto. Após se recuperar de fratura na costela, ele participou da reta final da derrota para o Criciúma, por 1x0, na rodada passada. Apesar de elogiar o jogador, o técnico não confirmou sua presença entre os titulares para encarar o Bugre.

"O Giovanni, de todos os atletas que temos no elenco, é o autêntico camisa 10, que conhece muito da posição, jogou a carreira inteira dessa forma. Alguns outros a gente improvisou no setor, mas é o único que temos no elenco que exerce essa função desde as categorias de base. Infelizmente, no melhor momento dele, teve lesão grave na costela, mas a gente já conseguiu colocar ele um pouco na última partida, vem trabalhando ao longo da semana. A gente está definindo se faz a opção de iniciar, ou ele entrar no decorrer da partida. Mas tenho total convicção que vai ser um jogador decisivo nestes jogos finais", falou.

A partida contra o Guarani está marcada para o próximo domingo (15), às 18h, no Barradão, e é válida pela 32ª rodada da Série B. Enquanto o Vitória ocupa a liderança isolada da competição com 58 pontos, o Bugre é o quarto colocado, com 54.

Confira outros trechos da entrevista coletiva de Léo Condé:

Ansiosos nesta reta final?

Acredito que não. Como já citei em outros momentos, temos um grupo muito experiente, que vivenciou grandes decisões e sabe lidar bem com esse tipo de situação. Claro, é normal que, na reta final, todos fiquem um pouco mais ansiosos. Mas, a partir do momento que você tem um grupo experiente e que se prepara bem no dia a dia, com certeza nos deixa de certa forma um pouco mais tranquilos em relação a isso.

Postura para enfrentar o Guarani

Acredito que tem que ser o Vitória como vem sendo ao longo de toda competição. Um time equilibrado, que vai buscar se impor jogando em casa. Mas, acima de tudo, bem estruturado para não ofertar contra-ataque para o adversário. Fazer um jogo seguro. A gente sabe que está sempre criando situações de gols e tem que estar bem estruturado defensivamente também para construir o resultado positivo.

Sequência contra times do G-4 (venceu dois jogos de três no primeiro turno)

A expectativa é que a gente possa repetir. Claro que são contextos diferentes, mas a gente passa, sim, para os jogadores. Mostra que é possível, que a gente está preparado para esses grandes confrontos. Vamos ter pela frente jogos decisivos, e a gente tem que sempre entrar com espírito e com grau de atenção elevados, como a gente entrou nessas duas partidas citadas.

Média de gols baixa

Concordo do Guarani ter uma equipe estruturada defensivamente, muito bem treinada por Umberto Louzer. Mas discordo de que nós temos uma média baixa, nós temos o terceiro melhor ataque da competição. Equipe que sempre cria muitas situações de gol. Último jogo não conseguimos marcar, mas criamos boas situações. Acredito que, se continuarmos nessa batida, nesta reta final, temos tudo para conseguir bons resultados.

Defesa sólida em casa

Acredito que é o trabalho em conjunto, de todos. Não só o setor defensivo, como os jogadores de meio e de ataque participando ativamente na fase defensiva. A gente sempre tenta propor o jogo, buscar criar situações de gol, mas sem se desestruturar defensivamente, mesmo jogando dentro de casa.

Gegê

O Gegê é um jogador muito importante, vem tendo bastante oportunidades, é um dos que mais jogou ao longo da competição. Já fez jogos iniciando, fez entrando no decorrer das partidas. Um jogador que gosto muito, trabalha como volante, como meia, distribui bem o jogo, tem chute de fora da área. É um jogador que tem sido muito importante nessa trajetória do Vitória até aqui e tenho certeza que vai continuar nos ajudando até o final.