Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Estadão
Publicado em 1 de novembro de 2024 às 10:12
Ninguém imaginava há 4 meses, quando Max Verstappen vencia o Grande Prêmio da Espanha - o sétimo triunfo em 10 corridas no ano -, que ele e a Red Bull chegariam a Interlagos para o Grande Prêmio de São Paulo ameaçados pelos títulos de pilotos e construtores. Porém, a realidade é essa para a equipe austríaca, campeã entre as escuderias em 6 dos últimos 14 anos. >
Desde a Espanha, o desempenho da Red Bull despencou. Já desde o início do ano, o time passou por crises internas e externas, minimizadas pelo talento individual de Verstappen, que segue sendo constante e por isso ainda lidera o campeonato de pilotos. Porém, a diferença que já foi de mais de 150 pontos hoje é de apenas 47 para o vice-líder, Lando Norris.>
Chefe da equipe, Christian Horner foi o pivô da crise da Red Bull antes da temporada começar. O inglês foi investigado por conduta inapropriada por uma funcionária da equipe para quem ele enviou fotos obscenas.>
Apesar da investigação, ele manteve seu cargo na equipe, mesmo com rumores de insatisfação com tal decisão por parte da cúpula do time austríaco.>
Nos últimos 5 meses, três peças-chave da Red Bull anunciaram suas saídas do time ao fim da temporada: Adrian Newey (chefe técnico e um dos maiores projetistas da história), Jonathan Wheatley (diretor esportivo) e Will Courtenay (estrategista). Newey vai para a Aston Martin, Wheatley para a Audi-Sauber e Courtenay para a McLaren.>
A crise se refletiu na pista, com Verstappen não conseguindo mais ganhar nenhuma corrida desde junho e Sérgio Pérez desde maio sem conseguir um resultado melhor do que o sexto lugar. O mundial de construtores, que parecia certo para a Red Bull, agora se tornou um sonho distante.>
A equipe austríaca, com 512 pontos, foi superada por Ferrari (537) e McLaren (566) na tabela de classificação.>
Sem peças-chave na construção do carro e com o monoposto já demonstrando claros sinais de decadência, o 2025 da Red Bull parece nebuloso. Depois de se acostumar a andar na ponta com tranquilidade e bater recordes, Max Verstappen certamente não ficará contente de andar longe do topo.>
O que parece certo é que a movimentação de tirar Sergio Pérez do time, que chegou a ser cogitada no meio da temporada, deve acontecer para 2025.>
Resta saber se a Red Bull conseguirá fazer novamente a fórmula mágica enquanto reforçou rivais cruciais do desenvolvimento de seu carro.>