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Centauro põe cadeados em camisas de times de futebol após aumento de roubos

Camisas de clubes internacionais estão entre itens utilizados como símbolos para representar grupos criminosos na Bahia

  • Foto do(a) author(a) Marina Branco
  • Marina Branco

Publicado em 14 de janeiro de 2025 às 16:14

Camisas presas a cabos de aço na Centauro
Camisas presas a cabos de aço na Centauro Crédito: Reprodução

Quem costuma frequentar as lojas de material esportivo da Centauro terá uma novidade na próxima visita. A franquia decidiu colocar cabos de aço para prender as camisas de clubes internacionais de futebol, tornando mais difícil provar as roupas e, essencialmente, roubá-las.

Esse é o grande objetivo da empresa, que vinha testemunhando um aumento no número de furtos no setor de vestuário. “A categoria futebol, mais especificamente as camisas oficiais de clubes nacionais e internacionais, são os produtos mais furtados das nossas lojas”, afirma a equipe da Centauro.

Daí veio a decisão de prender as camisas com cabos de aço, tanto as referentes a clubes de fora do país quanto as dos times nacionais. A nova prática já foi adotada em todas as unidades da franquia, em todas as regiões do Brasil. Quem decide experimentar uma das camisas precisa acionar um dos vendedores da loja para que a peça seja liberada para uso.

Camisas presas a cabos de aço na Centauro
Camisas presas a cabos de aço na Centauro Crédito: Reprodução

As camisas de clubes internacionais têm sido utilizadas como símbolos para representar grupos criminosos na Bahia, segundo publicação da coluna (In)segurança nesta terça-feira (14).

Uniformes das seleções da Argentina, Israel, França, Colômbia, Jamaica e Portugal têm sido usados por traficantes do BDM, uma das maiores fações criminosas do estado. Já a camisa do Flamengo tem sido vestida por traficantes do Comando Vermelho (CV), segunda maior organização criminosa do país, que, desde 2020, acirra a guerra do tráfico do estado.

“A generalização dessas apropriações simbólicas está impactando de tal forma a vida social de determinadas comunidades que as pessoas estão evitando até mesmo tirar fotos com tipos de imagens que não estão associadas aos grupos criminosos dominantes em determinados locais”, declara o especialista em segurança pública, o coronel Antônio Jorge, professor de Direito da Cento Universitário Estácio Fib da Bahia.