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Gabriel Rodrigues
Publicado em 8 de dezembro de 2024 às 21:29
Depois de um segundo turno de Brasileirão marcado por altos e baixos, o Bahia alcançou o objetivo e garantiu a classificação para a Copa Libertadores. O Esquadrão chegou na última rodada da Série A dependendo apenas das próprias forças, mas o técnico Rogério Ceni contou que viveu dias de apreensão antes do confronto com o Atlético-GO.
Durante entrevista na Fonte Nova, o treinador explicou que ficou com o sentimento de frustração após a derrota por 3x0 para o Corinthians, e revelou até a estratégia que usou para "secar" o Cruzeiro. O time mineiro era o principal concorrente do Esquadrão.
"O sentimento depois da derrota [para o Corinthians] foi muito frustrante. Eu nem assisti aos jogos [dos rivais] porque eu dou azar, sempre que eu torço acontece o contrário. Eu fui assistir ao Atlético-GO, aí veio aquela bolinha desgraçada e anunciou gol do Cruzeiro. Eu larguei e TV e fui andar de bicicleta. Aí um aplicativo falou do gol do Palmeiras. Aí eu não parei mais de andar de bicicleta. Quando apareceu o gol da vitória do Palmeiras eu voltei para casa e fui pensar no jogo", contou Rogério, que logo depois completou:
"Na quinta-feira a gente tinha uma motivação extra. Só dependíamos da gente para classificar. A chegada hoje no estádio foi espetacular, ainda não tinha visto isso aqui. Foi legal a gente descer ali como forma de retribuição, uma maneira de agradecer ao torcedor".
Rogério aproveitou o contato com a imprensa para homenagear os campeões brasileiros de 1988. Ele usou uma camisa em alusão ao título e lembrou do time que havia levado o Bahia para a Libertadores pela última vez.
"Foram dias distintos. Essa camisa em homenagem a 88, sei que o feito não foi tão grande, lá era um título. Mas levamos o clube de volta para a Libertadores depois de 35 anos. Claro que nos dias de hoje é mais fácil, pelo número de vagas. Mas queria homenagear esses caras que colocaram o Bahia na história nos anos 80", afirmou Ceni.
O treinador tricolor também fez um balanço da temporada. Para ele, a falta do título do Campeonato Baiano ou da Copa do Nordeste fez o trabalho ser mais pressionado. Ele contou ainda que a queda de rendimento no segundo turno do Brasileirão deve ficar de aprendizado para o Grupo City em 2025.
“Acho que faltou um título, seja ela de Baiano ou Nordeste, teria ajudado muito na base para a sequência. Acho que a gente se superou naquele momento, jogamos um clássico com um a menos por 60 minutos, depois perdemos para o CRB nos pênaltis, mas tivemos um grande crescimento no início do Campeonato Brasileiro. Chegar na Pré-Libertadores é muito importante, acho que a gente sempre pode mais, temos que querer sempre mais. Os últimos dois meses foram de muita turbulência, outubro e novembro não foram bons meses para a gente, mas a gente entrega algo importante para a história do clube", pontuou o treinador.