Ceni reconhece má fase e diz que queda do Bahia passa pelos aspectos individual e coletivo: 'Estamos produzindo menos'

Esquadrão não fez bom jogo no Maracanã e foi derrotado pelo Fluminense

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Publicado em 4 de agosto de 2024 às 19:40

Rogério ceni
Rogério Ceni diz que trabalha para recolocar o Bahia no caminho dos triunfos Crédito: Letícia Martins/EC Bahia

Depois de um início positivo brigando entre os primeiros colocados do Brasileirão, o Bahia vive uma fase para ser esquecida. Contra o Fluminense, na tarde deste domingo (4), no Maracanã, o tricolor voltou a ser pressionado, desperdiçou chances claras e foi derrotado por 1x0. O time baiano chegou a cinco jogos sem vencer na competição e ostenta o seu maior jejum no ano.

Após a partida, o técnico Rogério Ceni reconheceu que o time não tem apresentado um bom futebol. O treinador analisou o confronto com o Fluminense e lamentou o erro na marcação que originou o gol da equipe carioca.

“Nós tínhamos a marcação com quatro jogadores para dois na bola. Quando você deixa sair o cruzamento é que é o problema. O Jean Lucas vai na primeira disputa com o Arias, não consegue cortar, segue a jogada, Caio Alexandre vem fazer a cobertura. Há o passe em profundidade, a bola para trás, a gente não fez o fechamento e o jogador veio livre para cabecear. Depois que cruza você já não tem mais o domínio. Estávamos em vantagem no setor de onde saiu o cruzamento, não conseguimos cortar, e depois estávamos em desvantagem onde saiu a finalização. Temos que melhorar e encurtar a marcação na saída da bola”, disse ele.

Ceni foi questionado se não falta ao Bahia jogadores com maior poder de marcação. O tricolor tem se mostrado vulnerável defensivamente e nos últimos oito jogos sofreu dez gols. Atualmente, o único jogador com tal característica no elenco é o volante Rezende. Ele está machucado e não foi relacionado para o confronto no Rio de Janeiro.

“Normalmente um volante mais marcador muda a característica do time. Hoje tivemos o De Pena que fez a função, o Caio e Everton estavam cansados, eu tinha Yago e De Pena, que são jogadores de construção, e tínhamos que jogar, não tínhamos essa opção [do volante marcador]. Mas é um time que constroi bem, é legal quando ganha os jogos é legal ter esse primeiro volante que joga. Acho que não é só um primeiro volante, o todo precisa voltar a jogar mais. Individualmente a gente caiu e coletivamente estamos produzindo menos do que produzíamos antes. Ficamos uma sequência boa sem sofrer gols com esse mesmo meio-campo. Acho que não é necessário um volante cabeça de área, lógico que ele vai te entregar uma melhor marcação. Mas se não houver o conjunto isso é mais grave do que ter um marcador ou não”, analisou o treinador.

Durante a entrevista pós-jogo, Ceni voltou a bater na tecla que a queda de desempenho do time passa por uma má fase individual. Contra o Fluminense, o tricolor errou muitos passes e foi pouco criativo. O time terá agora dois jogos em casa. Na quarta-feira (7), recebe o Botafogo pelo segundo jogo das oitavas de final da Copa do Brasil. No domingo (11), tem o clássico contra o Vitória, pelo Brasileirão.

“Nós temos que melhorar individualmente e como coletivo. Temos que resgatar coisas boas que já mostramos esse ano. Logicamente que precisamos voltar a vencer, tentar a classificação na quarta-feira e voltar a vencer no Brasileiro. Nós conquistamos 31 pontos no turno, mas já se vão dois jogos do returno com apenas um ponto. Temos que somar mais pontos para tentar alcançar o objetivo que foi traçado, primeiro pelo clube e depois pela gente. Fazer o Bahia chegar, ao final do campeonato, na posição que a gente acha que seja justa pelo que a gente imaginou para o time”, finalizou.