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Gabriel Rodrigues
Publicado em 27 de março de 2025 às 05:00
O Bahia cumpriu o seu objetivo e se classificou para o mata-mata da Copa do Nordeste com dois jogos de antecedência. Mas, a vitória por 3x2 sobre o Ceará, na noite desta quarta-feira (26), na Fonte Nova, ligou o sinal de alerta para o desgaste do time. O tricolor chegou a abrir 3x0, mas viu o rival crescer na reta final e marcar dois gols. >
Apesar de valorizar o triunfo, o técnico Rogério Ceni reconheceu a queda de rendimento e justificou o momento pela maratona de partidas que o clube baiano tem enfrentado. De acordo com o treinador, a situação vai se intensificar, já que com o início do Brasileirão e da fase de grupos da Libertadores, o Esquadrão disputará praticamente uma partida a cada três dias. >
Não posso negar que nós só fizemos um treinamento. Estamos vindo de 19 jogos sem nenhum intervalo para treinar. E vai piorar, com só três dias de intervalo entre Internacional, Santos e Nacional. Infelizmente são muitos jogos. E aí a parte física também, o desgaste emocional do jogo de domingo [o Ba-Vi]. Teve a comemoração, foi mais tarde, não conseguimos treinar na segunda-feira. E a gente vem sofrendo um pouco pelo acúmulo de jogos, mesmo trocando os jogadores. A gente sente um pouco de cansaço. Hoje notei que foi o cansaço. Quando toma o gol muda a chave. E também a parte emocional, o estresse de um jogo decisivo", analisou Ceni.>
Diante do Ceará, o Bahia colocou em campo um time considerado reserva, para descansar os titulares. Neste domingo, o tricolor terá o Corinthians pela frente, pela estreia no Campeonato Brasileiro. Dividido em três competições (Série A, Libertadores e Copa do Brasil), o clube baiano não terá semanas livres para treinar até o mês de junho. >
"Se a gente não tivesse feito as trocas de times de meio para o fim de semana estaríamos com muito mais lesões e jogadores desgastados. Tem que dar dia de descanso, no outro faz treino leve. E no terceiro não dá para treinar pesado porque já tem jogo no dia seguinte. A gente não está conseguindo treinar. Precisamos de uma semana livre para recuperar os jogadores. Nós vamos sofrer e dependemos do entrosamento, dedicação de cada um, com alimentação e reposição. Não tem parada", explicou ele, antes de completar: >
"Não passei de um ano de jogar de quarta a domingo de janeiro até junho. Vai ser sofrido. E olha que vão ser jogos mais pesados ainda. E hoje tem que se destacar o Ceará, que vai jogar a Série A também. E nosso time conseguiu jogar bem. E o que deixa preocupado é que dos 11 jogadores, oito ou nove acabaram com um pouco de cãibra, cansados. Acho que devido a final, tempo curto. É algo que preocupa até junho. Jogos de Libertadores são pesados, Campeonato Brasileiro exige muito". >