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Gabriel Rodrigues
Publicado em 10 de dezembro de 2024 às 02:00
A temporada 2024 chegou ao fim com saldo positivo para o Bahia. No Campeonato Brasileiro, o tricolor alcançou a sua melhor campanha na história dos pontos corridos e cravou uma vaga na Libertadores, encerrando um jejum de 35 anos longe da competição.
Apesar do feito, o ano do Esquadrão foi marcado por altos e baixos, com a perda do título Baiano e a eliminação em casa para o CRB na semifinal da Copa do Nordeste. Depois do último jogo do tricolor no ano, contra o Atlético-GO, na Fonte Nova, Rogério Ceni fez uma análise da temporada. Ele classificou o ano como bom, mas reconheceu que um título daria mais tranquilidade ao trabalho.
"Acho que faltou um título, seja ela de Baiano ou Nordeste, teria ajudado muito na base para a sequência. Acho que a gente se superou naquele momento, jogamos um clássico com um a menos por 60 minutos, depois perdemos nos pênaltis, mas tivemos um grande crescimento no início do Campeonato Brasileiro. Chegar na Pré-Libertadores é muito importante, acho que a gente sempre pode mais, temos que querer sempre mais", iniciou Ceni.
Rogério também falou sobre a queda de rendimento do time na segunda metade do Brasileirão. O treinador pontuou que, apesar de fazer parte do Grupo City, o Bahia não possui dinheiro infinito, mas ponderou que o elenco poderia ter recebido mais reforços na janela de transferências do meio ano.
O treinador afirmou ainda que nos próximos dias se reunirá com a diretoria de futebol para traçar o planejamento para o próximo ano e a contratação de reforços. Em 2025, o Bahia disputará cinco competições: Campeonato Baiano, Copa do Nordeste, Copa do Brasil, Libertadores e Brasileirão.
"Eu falei [em entrevista no início do ano] que a gente terminaria o campeonato na melhor colocação do Bahia em pontos corridos. O Grupo City é muito organizado, tem noção do futuro e caminha gradativamente. Eu não tenho o mesmo tempo. O treinador sofre se não ganha. Então sabia que a gente tinha que acelerar. Foram feitas duas contratações no meio de ano. O Iago Borduchi jogou pouco, teve a lesão. Lucho nos ajudou muito na parte final. Acho que serve de alerta para o próximo ano. Vamos sentar e conversar para planejar 2025. Acho que é interesse do grupo reforçar cada vez mais esse time", disse o treinador, que completou:
"O Campeonato Brasileiro é o mais importante. Se você quer ter sucesso, o foco tem que ser sempre o Campeonato Brasileiro. E a concorrência vai ser grande, se você olhar, grandes times ficaram atrás da gente. Muitos deles investiram pesado nessa segunda janela", concluiu.
O Bahia ainda não se pronunciou oficialmente sobre chegada e saída de atletas, mas o clube possui negociações em andamento. Do atual elenco, seis jogadores estão em fim de contrato. São eles: os goleiros Danilo Fernandes e Adriel, o lateral direito Cicinho, o zagueiro Víctor Cuesta, o volante Acevedo e o meia Carlos de Pena.
Nesta segunda-feira (9), Cuesta se antecipou ao tricolor e se despediu do clube nas redes sociais. Ele perdeu espaço no elenco e fez apenas 18 jogos na temporada.
O goleiro Danilo Fernandes, titular contra o Atlético-GO, pediu mais um ano de contrato ao tricolor e pode ficar no clube. Já Adriel, pertence ao Grêmio e o Bahia teria que exercer o direito de compra para ficar com o atleta.
O volante Acevedo vive situação semelhante. Ele está emprestado pelo New York City e o tricolor deve negociar a permanência com o clube americano.
A estreia do Bahia na temporada será na segunda semana de janeiro, contra o Jacuipense, pelo Baianão. O tricolor utilizará a equipe sub-20, já que o elenco principal estará em pré-temporada em Girona.