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Rede Nordeste, O Povo
Publicado em 20 de março de 2024 às 17:22
O Supremo Tribunal Federal decide nesta quarta-feira, 20, se Robinho deve cumprir no Brasil a pena de nove anos de prisão por estupro coletivo imposta pela Justiça da Itália. O ex-jogador do Santos foi condenado em 2022, mas o crime ocorreu em 2013. Robson de Souza, de 40 anos, segue em liberdade, apesar de ter sido condenado.
O crime ocorreu em 22 de janeiro de 2013 e teve a participação de cinco brasileiros, além de Robinho. Na época, ele jogava no Milan, da Itália. O ato de violência sexual foi cometido contra uma mulher albanesa que, à época, comemorava seu 23° aniversário.
Segundo a denúncia da vítima, o grupo a fez beber até deixá-la inconsciente e “tiveram relações sexuais várias vezes seguidas” com ela. Desde que a investigação veio à tona, em 2014, Robinho nega as acusações. No entanto, o ex-jogador da seleção brasileira admitiu ter tido uma “relação rápida” com a vítima na noite do crime.
Nesse mesmo ano, Robinho voltou ao Brasil, mesmo sendo convocado para depor no inquérito de investigação do crime. A primeira sentença condenando o crime ocorreu em 2017, quando ele jogava no Atlético-MG.
Polícia tinha evidência de outras pessoas envolvidas
Robinho falou às autoridades que a relação que teve com a vítima foi consentida e que não haviam outros envolvidos no caso. Entretanto, a polícia encontrou a presença do sêmen de Ricardo Falco, amigo do jogador, nas roupas da jovem.
Em 2022, Robinho foi condenado em última instância pela Justiça Italiana. A Corte de Cassação de Roma rejeitou os recursos apresentados pela defesa do atacante e de Falco, que também está envolvido no crime. Ele foi condenado a nove anos de prisão.
No último domingo, 17 de março, o jogador deu uma entrevista ao programa Domingo Espetacular, da Record, e alegou racismo por parte da Justiça italiana.
Crime será julgado no STJ
Quinze magistrados do STJ examinarão o pedido da Justiça italiana para que a pena, imposta ao ex-atacante em 2017 e ratificada em última instância em 2022, seja homologada e aplicada no Brasil, país que não extradita seus cidadãos.
Assim, Robinho não poderia cumprir a pena na Itália e aguarda a decisão do tribunal brasileiro nesta quarta-feira, 20. São necessários os votos favoráveis de metade mais um dos juízes presentes. Ainda, a decisão pode ser adiada se algum magistrado pedir mais tempo.