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Caso Daniel Alves: advogada diz que jovem está 'muito decepcionada' com absolvição

Ester Garcia chamou decisão de 'retrocesso' e afirmou que estuda apelar ao Supremo

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Foto do(a) author(a) Estadão
  • Giuliana Mancini

  • Estadão

Publicado em 29 de março de 2025 às 15:33

Daniel Alves está preso na Espanha
Daniel Alves  Crédito: Reprodução/Instagram

Advogada que representa a jovem que acusou Daniel Alves de estupro, Ester García lamentou a absolvição do jogador no Tribunal de Justiça da Catalunha, na última sexta-feira (28). Ela disse que sua cliente está "muito decepcionada, triste e, de certa forma, sente como se tivesse voltado ao banheiro onde os eventos ocorreram". Também afirmou que estuda entrar com uma apelação contra a anulação da condenação do ex-jogador, e chamou a decisão de "retrocesso".

"Juridicamente, vamos apelar da sentença, mas levaremos em consideração o estado emocional da cliente", afirmou Ester García, na sexta-feira (28), à imprensa espanhola. "Questionar uma mulher sobre se ela poderia estar dançando em uma boate antes de sofrer uma agressão sexual é um debate que não deveríamos ter no século 21", observou García.

De acordo com a emissora estatal RTVE, o Ministério Público de Barcelona também analisa a possibilidade de recorrer ao Supremo Tribunal da Espanha, segundo fontes do Ministério Público.

Para a advogada, a absolvição foi uma surpresa e "representa um retrocesso, tanto legal quanto social, na luta contra a violência sexual". "De alguma maneira, pode desencorajar as mulheres que denunciam violações sexuais sofridas depois de algum tempo", afirmou à RTVE.

A advogada ainda criticou a decisão do tribunal e afirmou que a absolvição "rejeita a formulação da sentença de primeira instância", mas não avalia "todas as evidências", o que seria, segundo ela, a função de um tribunal de segunda instância.

Daniel Alves foi absolvido, na sexta-feira, pelo Tribunal de Justiça da Catalunha, de sua condenação de quatro anos e seis meses de prisão por agressão sexual, contra uma jovem em uma boate de Barcelona, em dezembro de 2022. A decisão, sobre a absolvição do ex-jogador, foi unânime, e se baseou na "insuficiência de provas" para que o atleta fosse condenado, inicialmente.

O jogador foi condenado, pelo Tribunal Provincial de Barcelona, em 22 de fevereiro de 2024. Ele havia sido preso, preventivamente, em janeiro de 2023, enquanto aguardava denúncia e julgamento, e estava em liberdade provisória após pagar uma multa de 1 milhão de euros (R$ 5,4 milhões à época). Ele ainda teria de cumprir mais dois anos de sua sentença.

A decisão favorável ao lateral anula dois outros recursos, que corriam em paralelo no Tribunal de Justiça da Catalunha, ambos apelavam pelo aumento da pena: a promotoria pública defendia uma condenação de nove anos, enquanto outra ação, movida pelos representantes da vítima, pediu para elevá-la a 12 anos.