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Marina Branco
Publicado em 21 de janeiro de 2025 às 17:09
Quem estava assistindo a primeira Prova do Anjo desta temporada do Big Brother Brasil no último sábado (18) testemunhou uma cena angustiante do ex-ginasta Diego Hypolito. No momento em que foi içado pela "garra humana" da atividade proposta pelo programa, o atleta ficou nervoso e apresentou sintomas de fobia. >
Perguntando incessantemente se precisaria ficar muito tempo daquele jeito, Diego trouxe à tona a claustrofobia com a qual sofre diariamente - mas dessa vez, revelou a origem da condição. A angústia do participante do BBB vem de um trauma de infância causado por uma espécie de "trote" usado na época em que Hypolito passou pela formação esportiva.>
Chamada de "caixão da morte", a prática consiste em colocar o atleta dentro de uma caixa que se assemelha a um caixão. Em seguida, outros atletas mais velhos sentam em cima do caixão, impedindo o "iniciado" de sair da caixa. Durante a prisão do jovem ginasta, pó de magnésio é assoprado dentro do caixão, para deixar a experiência mais angustiante. >
Diego contou que a prática era muito comum e estava de acordo com os treinadores, que a enxergavam como um "castigo ou ritual de iniciação". Desde que passou por isso, o ginasta desenvolveu claustrofobia, o medo extremo de lugares fechados. "Quando eu entrava em um shopping e não conseguia enxergar a porta, eu saía correndo", relembrou. >
Por causa da fobia, Diego precisou recorrer a atendimento profissional e chegou a se internar em uma clínica psiquiátrica para tratar da situação. Em conversa na casa mais vigiada do Brasil, o ex-ginasta Diego Hypolito contou aos colegas de programa sobre o tratamento psicológico que fez antes de entrar no BBB.>
Ele passou dois anos sem viajar de avião, por ser um local fechado, enfrentando longas viagens de ônibus para evitar os voos. Com apoio do Comitê Olímpico Brasileiro, o COB, ele realizou o tratamento, que une medicamentos à prática de Terapia Cognitivo-Comportamental, a TCC.>
A TCC é usada para ensinar o paciente a diferenciar pensamentos racionais de surreais, além de aprender técnicas para combater os irracionais. Um dos métodos usados é a terapia de exposição, em que o fóbico enfrenta a situação que o apavora - no caso de Diego, estando em locais fechados - enquanto usa técnicas de relaxamento, respiração, meditação e mindfulness para a aliviar a ansiedade. >
Para pacientes medicamentosos, os mais prescritos são ansiolíticos e antidepressivos, além do uso de hipnoterapia e EMDR em casos mais sérios. Na conversa, Diego relatou que a entrada no BBB trazia medo do confinamento, característica mais famosa do programa, e por isso buscou acompanhamento antes de entrar no programa. >