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Gabriel Rodrigues
Publicado em 13 de dezembro de 2024 às 15:12
Depois de um ano em que conseguiu a sua melhor campanha na história do Brasileirão por pontos corridos e conquistou a classificação para a Copa Libertadores, o Bahia projeta agora a temporada 2025. Em entrevista ao jornalista Elton Serra, da ESPN, o diretor de futebol do tricolor, Cadu Santoro, falou sobre o planejamento do Esquadrão e o fortalecimento da equipe para a disputa das próximas competições. >
De acordo com ele, as conversas já haviam começado desde antes do fim do Brasileirão, mas o clube teve de esperar até o última rodada para saber quais campeonatos disputará no próximo ano antes de pensar nas contratações. >
“O orçamento é um para uma Sul-Americana e outro para a Libertadores, mesmo a gente sabendo que ainda é uma fase preliminar, que precisamos superar para entrar na fase de grupos, mas com certeza já estamos olhando, debatendo o planejamento há algumas semanas e intensificamos as conversas após o triunfo sobre o Atlético-GO”, iniciou ele.>
De acordo com o dirigente, o ataque será uma das prioridades do Bahia, mas os outros setores também serão reforçados. Apesar de Cadu não ter citado nomes, o CORREIO apurou que nos últimos dias o Esquadrão fez proposta pelo centroavante paraguaio Isidro Pitta, do Cuiabá. A negociação é considerada difícil por conta dos altos valores pedidos pelo time do Centro-Oeste. O tricolor também busca um goleiro para brigar pela condição de titular. >
"Com certeza [o ataque é prioridade]. A gente sabe que precisa reforçar, potencializar ainda mais o nível do elenco. É um calendário diferente, muitas vezes na montagem do elenco a gente busca encontrar atletas para cada posição, mas também atletas que joguem em mais de uma posição. Isso, muitas vezes, na visão do treinador é importante. A gente entende, é um ano muito longo, são muitas partidas, com o calendário ainda sofre ainda mais do que quem está no eixo, pois tem os voos, as distâncias, a gente roda muitos mais quilômetros do que as outras equipes”, afirmou ele, antes de completar: >
“Uma coisa para se valorizar foi a integração entre a comissão técnica e o departamento de performance e saúde, existe uma metodologia global, que a gente adapta ao mercado local, mas conseguimos terminar com uma das equipes que está no top-3 entre as que tiveram menos lesões. Isso é importante para a gente tomar decisões sobre o quantitativo de atletas, mas também em relação ao perfil de cada contratação.>
Confira outros pontos abordados por Cadu Santoro: >
QUANTIDADE DE CONTRATAÇÕES >
A gente entende que essa janela é mais importante do que a do meio do ano, que esse ano vai ser diferente por conta da paralisação [das competições durante o Mundial de Clubes]. Então, acho que o campeonato vai se dividir um pouco, temos que entender, clubes que de repente não vão estar tão bem na primeira parte podem melhorar para a segunda parte, mas a primeira janela é sempre mais importante. A segunda janela é a qual nós fazemos movimentos pontuais, a não ser o caso do Iago Borduchi, que era um jogador em fim de contrato, que a gente encontrou como alternativa e por isso decidiu esperar. Mesmo entendo os riscos, tinha o Juba, Rezende que poderia jogar naquela posição, o Cicinho que já tinha jogado ali não só na equipe {Ludogorets], mas na seleção [da Bulgária]. >
A gente vem pensando em tudo isso. Não vou abrir em relação ao quantitativo, mas o que a gente busca é sermos assertivos nas contratações. Essa cultura de reformulação, de troca, não é o nosso perfil de trabalho. Fizemos isso de 2022 para 2023 de forma muito agressiva, pois entendemos que para sair de uma Série B para Série A precisávamos mudar o perfil. em 2024 a gente diminuiu consideravelmente o quantitativo, e agora em 2025 temos que encontrar as necessidades, os fins de contratos, as reposições, as saídas que naturalmente acontecem e são importantes para aumentar as receitas, é parte do trabalho. Mas a gente tem que estar prontos para agir, repor, manter e melhorar o nível do elenco. >
AVALIAÇÃO SOBRE O TRABALHO DE ROGÉRIO CENI >
Todos nós sabemos da responsabilidade que a gente tem para o próximo ano, de entregar conquistas, títulos, no final é o que importa, é o vale. Como o Rogério [Ceni] fala para os atletas: "são os quadros na parede". Acho que isso é fundamental. A gente fez algo importante, os atletas entregaram uma vaga na Libertadores, mas ela é um passo. O que marca realmente são as conquistas. >