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Marina Branco
Publicado em 2 de dezembro de 2024 às 15:46
As mãozinhas juntas para reunirem a força precisa para segurar as rédeas, o tamanho que parece tão pequeno perto do cavalo, e a habilidade de uma gigante na montaria. Essa é a pequena Beatriz Garcez, baiana que, aos nove anos de idade, foi a campeã de um dos maiores circuitos de hipismo do país.
Colocando seu nome no lugar mais alto do circuito Norte-Nordeste de hipismo, Beatriz passou por provas em Fortaleza, Maceió, João Pessoa, Recife e Salvador, sua casa e onde começou a montar. Foram mais de 500 competidores ao longo do ano inteiro batidos pela pequena Bia no circuito nordestino, marcando o início de uma carreira que conquistará ainda mais.
A história é de campeã - no início do campeonato, a atleta tinha pouco mais de um ano de experiência, e sente que cresceu junto ao torneio, evoluindo a cada prova. O final com chave de ouro veio em Recife e nem precisou de todas as provas, consagrando Bia ainda no penúltimo dia de campeonato.
Eram 88 atletas competindo em dois dias. Na primeira prova, Bia largou na frente, com 16 pontos de vantagem em relação à segunda colocada. Na segunda etapa, caso a adversária conquistasse o primeiro lugar e Beatriz não ficasse no top dez, ela seria ultrapassada no campeonato.
Mas a história estava escrita para ser tranquila e cheia de emoção. Ainda no primeiro dia, Bia se colocou entre os dez primeiros, e a segunda colocada não se classificou. Assim, a baiana foi dormir campeã, se preparando para a grande entrega do prêmio no dia seguinte.
Na entrega do prêmio, a pequena conta que passou um filme em sua cabeça, contando tudo que aconteceu no ano tão intenso que viveu com o hipismo - e que não foi o primeiro. A paixão de Bia pelos animais surgiu cedo, e cresceu ainda mais quando se uniu ao esporte.
Com família e raízes no interior da Bahia, Beatriz cresceu em contato com animais, até que surgiu a oportunidade de praticar montaria em Salvador. Topando o desafio aos sete anos, em maio do ano passado, ela se apaixonou pelo esporte, e passou a praticar semanalmente na Vila Hípica Verona, pela qual compete.
Hoje, a paixão cresceu, e são cinco dias de treinos todas as semanas. De terça a sábado, Bia sai da escola direto para a hípica, lugar onde quer continuar por toda a sua vida.
“Ela diz que pretende ter uma hípica quando crescer! Ela tem uma paixão verdadeira pelo esporte e pelos cavalos”, conta Pedro Garcez, pai da atleta.
Lá, ela se encontra com Cherry, seu cavalo e grande paixão da sua vida. Quando volta para casa, Cherry e o hipismo continuam por perto, decorando seu quarto temático do cavalo favorito, repleto dos troféus que já conquistou.
Agora, o próximo sonho é o circuito sul-americano, mais um degrau rumo ao grande palco do hipismo mundial. “Cumprindo bem esta etapa acho que as Olimpíadas serão o próximo passo”, conta o pai de Beatriz.