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Gabriel Rodrigues
Publicado em 8 de novembro de 2024 às 02:00
Desde que o Brasileirão passou a ser disputado por pontos corridos, em 2003, o Bahia nunca esteve tão perto de conquistar uma vaga na Libertadores. Mas, na reta final da Série A, os tricolores ligaram o alerta, já que o time venceu apenas dois dos últimos nove jogos que fez no torneio e parece ter entrado em uma crise sem fim.
Depois de lutar por um lugar no G4 durante boa parte do primeiro turno, a equipe baiana caiu de desempenho na segunda metade da competição. Para se ter uma ideia, o aproveitamento do Esquadrão no segundo turno é de apenas 38,5%. Em 13 partidas, foram quatro triunfos, três empates e seis derrotas.
Na mesma sequência na metade inicial da competição, o tricolor havia conquistado sete vitórias, três empates e três derrotas. Um rendimento de 61,5%, que deixava o clube, à época, na 4ª colocação do Brasileiro.
Com a derrota por 3x0 para o São Paulo, na rodada passada, o time chegou ao quarto jogo sem vencer na Série A. O jejum é o segundo maior do Esquadrão na temporada.
Até aqui, o maior período do Bahia sem ganhar em 2024 é de seis partidas. Em julho, a equipe amargou três derrotas e três empates entre o Brasileirão e a Copa do Brasil. Após a sequência, o tricolor deu a volta por cima com três triunfos seguidos, mas, logo depois, voltou a oscilar.
Até mesmo o técnico Rogério Ceni reconhece que o momento não é dos melhores. Ele, no entanto, mantém a esperança de bons resultados na reta final da temporada.
“Acho que os resultados da primeira parte do campeonato talvez foram até maiores, a gente jogava bem, mas conseguimos pontuações, chegamos a jogar pela liderança. Acho que hoje a gente não tem produzido… estamos produzindo abaixo. Naquele momento, passamos do nosso limite muitas vezes. Hoje, em determinados momentos, jogamos um futebol abaixo do que a gente consegue apresentar. Mas temos que continuar trabalhando”, explicou o treinador.
Atualmente, o Bahia ocupa a 7ª posição do Brasileirão. A distância para o G6 é de oito pontos, mas a equipe pode se beneficiar da abertura de mais uma vaga via Campeonato Brasileiro - desta forma, está na zona de classificação para a próxima Libertadores neste momento.
O desafio agora é confirmar o retorno ao torneio internacional depois de 35 anos. Restando apenas mais seis jogos para o fim da temporada, o tricolor tem os rivais na cola. A distância para o Cruzeiro, 8º colocado, é de apenas dois pontos. Já o Vasco, 9º, está a três pontos do Esquadrão.
Existe a possibilidade da abertura de outra vaga para a Libertadores através da Série A, por conta da final brasileira na Liberta. Assim, o G6 se transformaria em G8.
“Meu propósito é ir para a Libertadores. A gente nunca se contentou, nem vamos nos contentar. A gente não vem conseguindo resultados, não vem conseguindo vencer. Contra o Cruzeiro, jogamos bem, acho que tivemos momentos [contra o São Paulo]. A gente não pode jogar fora essa oportunidade de ir para a Libertadores. Foi um começo muito bom para a gente desistir nesse momento. Sei que é um momento difícil, mas ainda é possível. Não podemos desistir disso. É um sonho que eu tenho de ver o Bahia na Libertadores e vou atrás disso”, completou Ceni.
A chance para o time iniciar uma recuperação será amanhã, contra o Juventude, no estádio Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. O lugar traz boas recordações para os tricolores.
O último triunfo do Bahia fora de casa foi justamente no estádio no Rio Grande do Sul. No dia 17 de agosto, o Esquadrão venceu o Grêmio, por 2x0, pelo Brasileirão. Thaciano marcou os gols. O clube gaúcho mandou a partida no local pois a Arena do Grêmio ainda não estava liberada.