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Em jogo emocionante e com empate no final, Bahia conquista o Baianão em cima do Vitória

Os gols de Claudinho e Kayky empataram o clássico marcado por brigas e provocações com nove amarelos e quatro vermelhos

  • Foto do(a) author(a) Marina Branco
  • Marina Branco

Publicado em 23 de março de 2025 às 18:20

Final do Baianão
Final do Baianão Crédito: Arisson Marinho I CORREIO*

Chegou o grande dia - com direito a clássico Ba-Vi, a final do Baianão foi decidida no jogo de volta no Barradão, casa do Vitória, na tarde deste domingo (23), com empate em 1 a 1. Pela vantagem trazida de casa, o Bahia foi campeão pela 51° vez no estadual, dentro da casa adversária com ingressos esgotados e maior público do ano.

A dupla Ba-Vi chegou para a decisão como os times que mais jogaram no ano no Brasil, com 21 jogos cada. O Leão da Barra foi ao jogo com cinco jogos de invencibilidade sobre o Bahia, enquanto o rival chegou com quatro triunfos seguidos, incluindo a classificação para a fase de grupos na Libertadores. De início, a rivalidade fez jus ao número de cartões entregues em campo, somando nove amarelos e quatro vermelhos na partida e terminando o jogo com briga generalizada envolvendo até mesmo banco de reservas.

O jogo foi, acima de tudo, truncado, com atuação ofensiva do Leão da Barra. Sem tantas chances criadas de ambos os lados, o Vitória povoou mais o ataque, culminando sua efetividade no gol de Claudinho aos 38' do segundo tempo, enquanto o Bahia manteve um jogo defensivo que não arriscasse o placar agregado que favorecia o tricolor. No entanto, com o aumento das brigas no segundo tempo, o Bahia mandou diretamente para o gol rubro-negro com Kaiky, consagrando a taça do Baianão para o tricolor.

Assim, foi na casa rival que o Bahia encerrou seu jejum de títulos após um 2024 sem levantar taças, e garantiu o Baianão no ano que ficará para a história do clube. Com o primeiro título de Rogério Ceni desde que chegou em setembro de 2023, o time manteve o tabu que faz com que nenhum vencedor do jogo de ida saia sem a taça em finais com clássicos de ida e volta, e deu mais uma alegria ao agraciado torcedor tricolor nesta temporada.

O JOGO

Com uma formação inovadora para o elenco de Carpini, o Vitória entrou em campo com três volantes e nenhum ponta, apostando todas as fichas no meio de campo que costuma ser mais facilmente controlado pelo tricolor. Assim, o time manteve a posse de bola por mais tempo, mas chegou para a partida muito pouco criativo na hora de encontrar chances.

Do lado tricolor, a primeira ofensiva tímida veio com uma bola fora impedida dos pés de Ademir aos 7' do primeiro tempo. No entanto, a tentativa de ofensividade se contrastou com certa desestabilização da equipe do Bahia. Ainda no início da primeira etapa, o tricolor teve cartões evitáveis dados a Caio Alexandre e Gabriel Xavier, marcando faltas que facilitaram e valorizaram o jogo rubro-negro.

Em resposta, o Leão da Barra levou cartões para Matheuzinho, voltando de lesão para este jogo, e Wellington Rato, por faltas mesmo sem a bola, no caso da primeira. Com um jogo muito mais tenso à medida que o final se aproximava, o rubro-negro teve sua real chance com uma bola no travessão pela cabeça de Matheuzinho, seguida por mais um cartão amarelo, dessa vez para Raúl Cáceres.

O jogo pegado no meio-campo, como planejado pelas escalações, dominou ao longo de todo o primeiro tempo, com destaque para o Vitória nas disputas de bola enquanto ambos os times buscavam timidamente espaços para atacar. Na primeira etapa, nenhum dos dois times criou muitas chances relevantes, com uma presença maior mas inefetiva do Vitória no ataque, e um jogo contido do Bahia que não abandonou sua zona de segurança em nenhum momento. O que mais chama a atenção são os cartões amarelos, somando cinco em apenas um tempo de jogo.

Na volta para o segundo tempo, a promessa foi de mais emoção para os torcedores de ambos os lados. Aos 11' do segundo tempo, Fabri lançou diretamente para uma defesa difícil de Marcos Felipe, grande herói do Bahia na partida, que mandou a bola para escanteio. Cobrado, a bola voltou para a defesa destaque do goleiro tricolor vinda da cabeça de Janderson, no que viria a ser o lance mais perigoso de todo o jogo. Apenas mais três minutos depois, mais uma defesa impressionante de Marcos Felipe em uma bola de Janderson. Vitória atacando muito bem, Bahia sabendo se defender.

Em sequência, mais cartões vermelhos anotados, com Kanu entrando para a lista. A pressão rubro-negra aumentou aos 35' do segundo tempo, quando Baralhas atirou e errou o gol de Marcos Felipe por muito pouco. Pouco tempo depois, o grande momento rubro-negro: aos 38' do segundo tempo, Claudinho enfia no gol e torna as muitas tentativas do Vitória no ataque uma chance real de segurar o tricolor no placar agregado.

O jogo seguiu apertado, chegando a ter disputa de bola no meio de campo entre Cauly e Lucas Arcanjo, que desarmou o contra-ataque com os pés. Com oito minutos de acréscimo, as emoções do jogo seguiram com a expulsão checada no VAR de Cauly, após atingir o rosto de Lucas Halter com a mão sem a bola, e o quase gol de Baralhas, com uma bola lançada para fora aos 49' do segundo tempo.

A agonia foi tanta que, aos 50', uma briga generalizada tomou conta do campo, com invasões do banco de reservas - em especial Caio Alexandre e Zé Marcos, amarelados no banco - e troca de socos entre os jogadores. Mais chuva de cartões: vermelho para Baralhas, Danilo Fernandes, Caio Alexandre e Zé Marcos, sendo que o de Baralhas foi convertido em amarelo após checagem do VAR, e mais acréscimos, levando o jogo até os 63' do segundo tempo.

Foi no último minuto que o Bahia se consagrou: vindo de contra-ataque, dos pés de Kayky saiu o gol que sacramentou a taça tricolor, com direito a provocação dos jogadores imitando galinhas em campo. Incomodados, os jogadores do Vitória partiram para a briga, com mais trocação dentro de campo. Ao final de um jogo pegado, brigado e com muitos cartões, o torcedor tricolor assistiu enquanto o Bahia anotava mais um estadual na trajetória ilustre que o clube vem desenhando em 2025.

FICHA TÉCNICA

Vitória 1 x 1 Bahia - Final do Campeonato Baiano

Vitória: Lucas Arcanjo; Raúl Cáceres (Claudinho), Neris, Lucas Halter e Jamerson (Hugo); Baralhas, Ricardo Ryller (Gustavo Mosquito), Ronald Lopes (Carlinhos) e Matheuzinho; Wellington Rato (Fabrício) e Janderson. Técnico: Thiago Carpini.

Bahia: Marcos Felipe; Gabriel Xavier, Kanu, Santiago Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre (Acevedo), Everton Ribeiro (Erick) e Jean Lucas; Erick Pulga (Kayky), Ademir (Gilberto) e Willian José (Cauly). Técnico: Rogério Ceni.

Local: Estádio Manoel Barradas (Barradão)

Gols: Claudinho, aos 38' do segundo tempo e Kayky, aos 62' do segundo tempo

Cartões amarelos: Caio Alexandre, Gabriel Xavier, Kanu, Santiago Mingo (Bahia), Matheuzinho, Wellington Rato, Raul Cáceres, Baralhas e Lucas Arcanjo (Vitória)

Cartões vermelhos: Cauly, Danilo Fernandes, Caio Alexandre (Bahia) e Zé Marcos (Vitória)

Arbitragem: Wilton Pereira Sampaio, assistido por Rodrigo Figueiredo Henrique Correa e Nailton Junior de Sousa Oliveira. Wagner do Nascimento Magalhães é o quarto árbitro.

VAR: Marco Aurelio Augusto Fazekas Ferreira