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Gabriel Rodrigues
Publicado em 9 de dezembro de 2024 às 13:02
Depois de 35 anos, o Bahia está de volta à Copa Libertadores da América. O tricolor garantiu a classificação na fase preliminar após vencer o Atlético-GO por xxxx, neste domingo (8), na Fonte Nova, pela última rodada do Brasileirão. Com a vaga assegurada, o time baiano é isolado o nordestino com mais participações no torneio internacional (quatro) e, até então, o dono da melhor campanha entre as equipes da região.
Relembre as participações do tricolor:
1960
Campeão da Taça Brasil de 1959 sobre o Santos de Pelé, o Bahia ganhou o direito de ser primeiro brasileiro a disputar a Libertadores. Na primeira edição, a competição contou com os campeões nacionais de Brasil, Argentina, Uruguai, Bolívia, Chile e Colômbia.
A competição foi disputada toda em formato mata-mata. O Esquadrão pegou o San Lorenzo, então campeão argentino, na primeira fase. A estreia aconteceu no dia 20 de abril de 1960, no estádio El Palácio, em Buenos Aires. O tricolor foi derrotado por 3x0. Os gols foram marcados por Rossi, Ruiz e Sanfilippo, ídolo argentino que defenderia o próprio Bahia entre 1968 e 1971.
O Esquadrão devolveu a derrota no jogo da volta, vencendo por 3x2, na Fonte Nova. Carlitos, Flávio e Marito marcaram os gols, enquanto Sanfilippo (duas vezes) descontou para o San Lorenzo. A vitória em casa não foi suficiente para evitar a eliminação. O Peñarol conquistou o título vencendo o Olímpia na final e foi o primeiro campeão da Libertadores.
1964
O Bahia voltou a disputar a Libertadores em 1964. O clube azul, vermelho e branco entrou na fase preliminar e enfrentou o Deportivo Itália, da Venezuela, por um lugar na fase de grupos. Interessado na renda da partida, o Esquadrão vendeu o mando de campo e disputou os dois jogos no país vizinho. Empatou o primeiro por 0x0, e perdeu o segundo por 2x1, sendo mais uma vez eliminado.
1989
A terceira participação do Bahia na Libertadores aconteceu há 35 anos, em 1989. Dessa vez, o Esquadrão chegou ao torneio credenciado pelo título de campeão brasileiro de 1988, conquistado dias antes da estreia, sobre o Internacional, no estádio Beira Rio.
Embalado pelo bom futebol de Bobô, Charles, Zé Carlos e companhia, o Esquadrão conseguiu naquele ano a melhor campanha de um clube do Nordeste do torneio.
O Bahia passou como líder do grupo 2, que tinha Internacional, Deportivo Táchira e Marítimo, ambos da Venezuela. O tricolor conquistou dez pontos em seis jogos: quatro vitórias e dois empates.
Nas oitavas de final, o Bahia enfrentou o Universitário, do Peru. O confronto de ida terminou empatado por 1x1. Na volta, na Fonte Nova, o tricolor venceu por 2x1, e avançou às quartas de final. Marquinhos e Charles marcaram para o Esquadrão, e José Del Solar descontou para os peruanos.
Nas quartas, o Bahia voltou a enfrentar o Internacional. O time baiano vivia uma boa sequência contra o Colorado. Além de ter vencido nas finais do Brasileirão, o tricolor tinha superado o rival na primeira fase da Libertadores.
No mata-mata, no entanto, o Bahia acabou eliminado em dois jogos polêmicos. Perdeu por 1x0, no Rio Grande do Sul, em um duelo no qual reclamou de erro da arbitragem, e empatou por 0x0 na Fonte Nova, debaixo de muita chuva. Para boa parte dos tricolores na época, o jogo deveria ter sido adiado.
Apesar da eliminação, a campanha até as quartas de final é a melhor de um nordestino na Libertadores. Sport e Fortaleza aparecem logo na sequência, foram até às oitavas de final nas edições de 2009 (Sport) e 2022 (Fortaleza).