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Bahia joga mal, perde do Cruzeiro e encerra sequência positiva no Brasileirão

Com gol contra de Kanu e falha de Marcos Felipe, tricolor é derrotado por 3x0 no Mineirão

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 25 de outubro de 2023 às 22:06

Machado sai em comemoração após o primeiro gol do Cruzeiro, enquanto Raul Gustavo lamenta
Machado sai em comemoração após o primeiro gol do Cruzeiro, enquanto Raul Gustavo lamenta Crédito: Gustavo Aleixo/Cruzeiro

Não foi dessa vez que o Bahia engatou quatro triunfos consecutivos no Campeonato Brasileiro. A sequência positiva do Esquadrão teve fim na noite dessa quarta-feira (25), em um 'jogo de seis pontos' contra o Cruzeiro. Kanu, contra, Marlon e Bruno Rodrigues asseguraram a vitória por 3x0 para a Raposa no Mineirão, pela 29ª rodada da Série A.

Desta forma, o tabu de 32 anos segue. Desde 1991 que o tricolor não consegue ganhar quatro compromissos seguidos pela primeira divisão nacional. A expectativa era que a marca fosse quebrada nesta quarta, depois dos triunfos sobre Goiás, fora de casa, e Internacional e Fortaleza, na Arena Fonte Nova. Mas não foi o que aconteceu. Com a derrota, o Bahia estaciona nos 34 pontos e é superado pelo próprio Cruzeiro, que agora soma 37.

Na próxima rodada, o Esquadrão volta a ser visitante no Brasileirão. O time irá a São Paulo para enfrentar o Palmeiras, neste sábado (28), às 19h, no Allianz Parque. Cauly será desfalque, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O camisa 8, aliás, deixou o jogo contra o Cruzeiro ainda no primeiro tempo, após sentir incômodo no músculo adutor da coxa direita.

O jogo

O técnico Rogério Ceni escalou o Bahia com apenas uma mudança com relação ao time que venceu o Fortaleza na rodada anterior. Rezende, que voltou de suspensão, retomou o posto entre os onze iniciais, deixando Acevedo como opção no banco. Já o zagueiro Vitor Hugo não foi relacionado. O defensor já havia sido desfalque no jogo anterior por conta de um corte na cabeça e deve ser preparado para a partida contra o Palmeiras. Sem ele, Raul Gustavo foi titular mais uma vez.

O Bahia começou o jogo bem, valorizando a posse de bola e tentando se aproximar do gol celeste. A primeira boa chegada, inclusive, foi do tricolor: aos 2 minutos, Cauly recebeu e inverteu para Thaciano. Mas o chute do camisa 16 foi bloqueado.

Mas, aos poucos, o anfitrião foi aparecendo. Ficou bem perto de abrir o placar aos 11 minutos, quando Matheus Jussa saiu pela esquerda e cruzou para dentro da área. William apareceu de surpresa na frente de Marcos Felipe, mas mandou para fora. 

Na segunda tentativa, o time mineiro foi efetivo. Em uma jogada bem parecida, Matheus Pereira levantou para a área e Machado entrou no meio dos dois zagueiros do Bahia. Kanu, na tentativa de afastar, acabou empurrando contra a própria meta: 1x0 para o Cruzeiro, aos 18 minutos.

O Bahia pareceu ter sentido o golpe. Apesar de continuar com a maior posse de bola, apresentava dificuldade de criação e não conseguia levar perigo ao gol de Rafael Cabral. A situação se complicou ainda mais quando Cauly precisou ser substituído, aos 35 minutos. Segundo o clube, ele sentiu um incômodo no músculo adutor da coxa direita. Rafael Ratão foi o escolhido como substituto.

Já o Cruzeiro melhorou depois do gol, e passou a acumular oportunidades, principalmente nos contra-ataques. Foi assim aos 32, quando roubou a bola na defesa e partiu em velocidade com Arthur Gomes. O atacante cortou para dentro e finalizou, mas a bola foi pela esquerda de Marcos Felipe.

Cinco minutos depois, Gilberto perdeu a bola para Matheus Pereira, que puxou o contra-golpe e deu ótimo passe para Bruno Rodrigues. O atacante ficou tirou do goleiro tricolor, mas a redonda beijou a trave. O ímpeto do Cruzeiro não parou por aí. Aos 39, Arthur Gomes recebeu na intermediária, puxou para o meio e bateu, para defesa de Marcos Felipe.

O segundo tempo começou com um panorama parecido, com o Bahia valorizando a posse de bola. O Esquadrão rodava o campo ofensivo, tentando encontrar espaço, mas seguia com dificuldade de criar chances efetivas.

Eis que o Cruzeiro, em seu primeiro ataque na etapa, amplia. Em um rápido contra-ataque, a bola chegou em Marlon pela ponta esquerda. O lateral foi até a linha de fundo e cruzou em direção ao gol. Marcos Felipe falhou feio e a bola entrou, aos 7 minutos.

O tricolor tentou diminuir o prejuízo aos 12, quando Biel recebeu e cruzou na medida para Everaldo. O camisa 9 cabeceou forte, mas mandou a bola por cima do gol. O centroavante voltou a aparecer aos 27,  quando partiu em contra-ataque e colocou a bola na pequena área para a chegada de Ademir. Só que o goleiro Rafael surgiu e ganhou a jogada.

Aos 33, mais uma chance. Gilberto surgiu em boa jogada pela direita, venceu Matheus Pereira e chutou com perigo para o gol. Mas a bola só passou raspando o travessão.

No fim das contas, quem balançou as redes foi o Cruzeiro. William avançou pela direita e viu Bruno Rodrigues infiltrado por trás da defesa. O jogador só desviou o cruzamento para encobrir Marcos Felipe e fazer o 3x0, aos 42 minutos. Poderia ter feito mais um nos acréscimos, com uma bomba de longe de Fernando Henrique, defendida pelo goleiro do Bahia.

FICHA TÉCNICA

Cruzeiro x Bahia - 29ª rodada do Campeonato Brasileiro

Cruzeiro: Rafael Cabral, William, Neris, Luciano Castan e Marlon; Matheus Jussa, Filipe Machado (Ian Luccas) e Lucas Silva (Nikão); Matheus Pereira (Fernando Henrique), Arthur Gomes (Wesley) e Bruno Rodrigues. Técnico: Zé Ricardo.

Bahia: Marcos Felipe, Gilberto, Kanu, Raul Gustavo e Camilo Cándido (Matheus Bahia); Rezende, Yago Felipe (Mugni), Thaciano (Acevedo) e Cauly (Rafael Ratão); Biel (Ademir) e Everaldo. Técnico: Rogério Ceni.

Estádio: Mineirão, em Belo Horizonte

Gols: Kanu (contra), aos 18 minutos do primeiro tempo; Marlon, aos 7 minutos, Bruno Rodrigues, aos 42 minutos do segundo tempo;

Cartão amarelo: Lucas Silva e Machado, do Cruzeiro; Camilo Cándido e Cauly, do Bahia;

Público: 36.104 torcedores;

Renda: R$ 1.245.130,00;

Arbitragem: Flávio Rodrigues de Souza, de São Paulo, auxiliado por Danilo Ricardo Simon Manis, de São Paulo, e Eduardo Gonçalves da Cruz, do Mato Grosso do Sul

VAR: Daniel Nobre Bins (RS)