Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Marina Branco
Publicado em 6 de abril de 2025 às 22:45
Dois times que ainda não tinham vencido no Brasileirão de 2025, o Bahia buscando quebrar o tabu de não vencer o Santos na Vila Belmiro desde 2012, e Pedro Caixinha tentando garantir seu futuro no Peixe. Todas as narrativas em um único jogo, no Santos e Bahia que terminou em 2 a 2 pela segunda rodada do Brasileirão neste domingo (6).>
Em campo, nada foi decidido até o último segundo dos acréscimos. Com ambos os times se alternando como protagonistas a todo segundo, os gols foram feitos um a um, igualando e virando o placar. De início, o Bahia abriu o jogo, marcando aos 16 do primeiro tempo com gol de Erick. No segundo tempo, a lei do ex marcou presença e colocou o Santos no placar, com gol de Thaciano, ex-Bahia, já aos quatro minutos. >
Aos 36 do segundo tempo, Diego Pituca ampliou para o alvinegro, encaminhando um placar favorável ao Peixe em seu primeiro jogo em casa neste Brasileirão. No entanto, quase nos acréscimos, aos 44 minutos, Luciano Juba mandou direto para o gol, e deixou tudo igual em uma Vila Belmiro muito movimentada.>
Desde o início, o jogo entregou a emoção que prometia. Antes de um minuto de jogo, o Santos conseguiu sua primeira grande chance, com Gabriel Bontempo recebendo uma bola da esquerda diretamente na meia-lua, mas atirando direto na defesa do Bahia, e mais um chute para fora de Rollheiser no segundo minuto. Os primeiros lances já deram o tom do início do jogo, com o alvinegro pressionando fortemente o Bahia a todo o tempo, e enchendo a linha de frente de jogadores no campo de ataque.>
Em resposta, o Bahia trabalhou os contra-ataques, mandando a bola da frente para trás e empurrando o time do Peixe. A primeira chance real veio com um escanteio que caiu diretamente na cabeçada para fora de Erick aos cinco do primeiro tempo. Com mais chances pelos pés de Willian José, os esforços tricolores se transformaram em uma superioridade firme em campo a partir dos dez minutos, e se consolidaram aos 16 minutos da primeira etapa, quando um gol mudou a situação dos dois times em campo.>
Recebendo a bola de Luciano Juba, Erick correu em direção ao gol e lançou nas redes driblando o alvinegro Gabriel Brazão pelo caminho. Início de jogo, 1 a 0, primeiro triunfo do Bahia em cima do Santos em quatro anos começando a despontar. Daí em diante, o Santos seguiu tentando, com substituições incomuns no primeiro tempo de um Caixinha angustiado após a chamada pública que recebeu do presidente alvinegro na derrota para o Vasco.>
A agonia santista era tanta que teve jogador tentando até mesmo pegar a bola diretamente das mãos do gandula, para devolver a bola em lateral mais rapidamente para o campo. A última grande chance do Santos veio em um gol inacreditavelmente perdido por Tiquinho Soares, que aos 45 minutos recebeu uma bola livre de marcação e não conseguiu cabecear por se atrapalhar sozinho. De ansiedade em ansiedade, os dois times seguiram disputando bola em campo, sem novas mudanças no placar até o intervalo.>
Voltando de um primeiro tempo que terminou ao som de vaias e xingamentos a Caixinha na Vila Belmiro, Caixinha tomou a decisão de colocar Thaciano, ex-Bahia, em campo. Dito e feito: a lei do ex atuou, e aos quatro minutos do segundo tempo, Thaciano aproveita uma sobra de bola para mandar direto no gol de Ronaldo. Gol do Santos, Caixinha à loucura comemorando em direção à torcida que o xingou, e o próprio Thaciano sem comemorar, em respeito ao clube que defendeu no ano passado.>
Falando em lei do ex, a lembrança do torcedor do Santos à passagem do tricolor Jean Lucas no Peixe se materializou em vaias a cada segundo em que o jogador tocava na bola. Com o tempo, o Santos cresceu em campo, e o Bahia passou a ter cada vez menos espaço. O jogo só esfriou quando uma bola de Thaciano bateu em Erick Pulga, e o árbitro marcou pênalti por um toque de mão que não aconteceu. Após revisão no VAR, o pênalti foi anulado, e o jogo seguiu com substituições de Rogério Ceni em uma busca por reestruturação no Bahia.>
As alterações funcionaram - cada vez mais, o Bahia passou a ter mais presença em jogo, especialmente com Jean Lucas, e o jogo que já havia trocado de protagonista duas vezes começou a trocar uma terceira, se o Santos permitisse. Não permitiu. Em uma reação rápida, o Peixe virou o jogo aos 36 minutos do segundo tempo, com um rebote finalizado no canto esquerdo do gol do Bahia por Diego Pituca.>
Tudo parecia se encaminhar para o final, quando faltando um minuto para os acréscimos, Luciano Juba reacendeu a esperança tricolor em campo. Participante dos três gols do Bahia no Brasileirão nesta temporada, ele recebeu a bola de Cauly, passou por dois alvinegros, deixou JP Chermont no chão, chutou no canto direito do gol e deixou tudo igual na Vila Belmiro.>
Santos 2 x 2 Bahia - 2° rodada do Campeonato Brasileiro>
Santos: Gabriel Brazão; JP Chermont, Gil, Zé Ivaldo e Escobar; João Schmidt, Gabriel Bontempo (Diego Pituca) e Barreal (Thaciano); Rollheiser (Soteldo), Tiquinho Soares (Deivid Washignton) e Guilherme. Técnico: Pedro Caixinha.>
Bahia: Ronaldo; Gilberto, David Duarte, Santiago Mingo e Luciano Juba; Caio Alexandre (Cauly), Erick e Rodrigo Nestor (Jean Lucas); Ademir (Kayky), Willian José (Lucho Rodríguez) e Iago (Erick Pulga). Técnico: Rogério Ceni.>
Local: Vila Belmiro>
Gols: Erick, aos 17 minutos do primeiro tempo, Thaciano, aos quatro minutos do segundo tempo, Diego Pituca, aos 35 minutos do segundo tempo, e Luciano Juba, aos 44 minutos do segundo tempo>
Cartões amarelos: João Schmidt, Gil, Soteldo (Santos), Caio Alexandre e Erick (Bahia)>
Arbitragem: Alex Gomes Stefano, auxiliado por Guilherme Dias Camilo e Luiz Claudio Regazone. Leo Simao Holanda é o quarto árbitro.>
VAR: Gilberto Rodrigues Castro Junior>