Bahia bate o Vitória na Fonte Nova no último clássico Ba-Vi de 2024

Mesmo machucado, Everton Ribeiro abre o placar no primeiro tempo, e Luciano Juba amplia na reta final

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 11 de agosto de 2024 às 18:17

Everton Ribeiro comemora com Cauly após abrir o placar para o Bahia
Everton Ribeiro comemora com Cauly após abrir o placar para o Bahia Crédito: Paula Fróes/CORREIO

O último capítulo do Ba-Vi em 2024 teve final feliz para o Bahia. No clássico de número 499 da história - e o sexto da temporada -, o Esquadrão fez valer o fator casa e garantiu mais três pontos no Campeonato Brasileiro. O time abriu o placar com Everton Ribeiro, ainda no primeiro tempo. Na segunda etapa, o Vitória comandou as ações, mas não conseguiu ser efetivo. Acabou vendo  Luciano Juba ampliar para o tricolor no apagar das luzes na Fonte Nova, na tarde deste domingo (11).

Com o triunfo por 2x0, o Bahia encerrou o jejum de cinco jogos sem vencer na Série A. Agora, a equipe do técnico Rogério Ceni passa a somar 35 pontos, mas permanece no 7º lugar na tabela de classificação. Já o Leão é o 15º colocado com 21 pontos. A pontuação é a mesma do Corinthians, que abre a zona de rebaixamento, mas o rubro-negro aparece à frente por ter maior número de vitórias.

Os dois times agora terão a semana livre para treinos até o próximo compromisso. O Bahia enfrentará o Grêmio no sábado (17), às 18h30, no Alfredo Jaconi, em Caxias do Sul. Já o Vitória só voltará aos gramados na segunda-feira seguinte, dia 19, às 20h, para encarar o Cruzeiro no Barradão.

O jogo

O Bahia entrou em campo para o clássico com força máxima, repetindo a mesma equipe que eliminou o Botafogo pela Copa do Brasil, no jogo anterior. Já pelo lado do Vitória, o técnico Thiago Carpini optou por Alerrandro para a vaga do suspenso Matheuzinho. Com isso, Janderson foi deslocado para a ponta. O rubro-negro também teve os retornos dos laterais titulares Willean Lepo e Lucas Esteves. Outra novidade veio no meio-campo: Filipe Machado no lugar de Willian Oliveira, que iniciou no banco.

O clássico começou nervoso na Fonte Nova, com muitos erros de passe e marcação forte dos dois lados. O Leão foi quem conseguiu a primeira boa chegada, ainda no comecinho da partida. Osvaldo lançou para Janderson perto da área, o atacante não dominou e a bola ficou para Alerrandro. O camisa 9, porém, chutou fraco, e Marcos Felipe defendeu.

Já o Bahia acumulava erros e demorava para se encontrar no duelo. Aos 7 minutos, ainda sofreu um susto: Everton Ribeiro levou a pior em lance com Ryller e foi atingido na cabeça pelo joelho do adversário. O meia estava visivelmente com dores e olho inchado, mas optou por seguir em campo. E a garra foi premiada pouco depois.

Aos 14, o camisa 10 recebeu de Thaciano na entrada da área, chutou e, com desvio de Wagner Leonardo, a redonda encobriu Lucas Arcanjo e estufou o fundo das redes: 1x0 para o tricolor. Everton saiu comemorando com o olho já bem fechado e, logo depois, deixou o campo, para a entrada de Biel.

O gol deu um ânimo a mais para o Bahia, que cresceu na partida. Passou a trocar passes com mais tranquilidade, construindo melhor as jogadas de ataque. Ao mesmo tempo, dava poucas chances para o Vitória de progredir. Aos 28, o Esquadrão errou na saída de bola e Machado arriscou chute de longa distância, mas Marcos Felipe defendeu, sem rebote.

Na reta final do primeiro tempo, mais uma boa chegada tricolor. Arias mandou na área, a bola passou por todo mundo até chegar em Biel na segunda trave. O atacante cortou dois marcadores e chutou, só que acertou a rede pelo lado de fora.

O Vitória voltou do intervalo sem mudanças, enquanto Rogério Ceni fez uma alteração no Esquadrão: Thaciano saiu, para dar lugar a Carlos de Pena. Os dois times, inclusive, tiveram boas chances ainda nos primeiros minutos da etapa final. A primeira delas veio com Cauly, que finalizou dentro da área, para defesa de Lucas Arcanjo em dois tempos.

Logo em seguida, a resposta rubro-negra: Machado deu um chapéu em De Pena e acionou Alerrandro na área. O camisa 9 tocou errado, a defesa afastou e, na sobra, Luan chutou colocado, nas mãos de Marcos Felipe.

Aos 7, o Vitória perdeu o técnico Thiago Carpini à beira de campo. O treinador reclamou de toque no braço de Arias perto da linha lateral, recebeu o cartão amarelo, e não parou com os protestos, sendo expulso pelo árbitro.

A partir daí, o Leão passou a tomar conta da partida. Teve uma ótima chance aos 9, quando, após falta cobrada por Machado, Janderson finalizou com perigo, exigindo boa defesa de Marcos Felipe. Dez minutos depois, Carlos Eduardo ficou com sobra na segunda trave e chutou, mas o goleiro rival, bem posicionado, defendeu. Aos 26, Lawan, que tinha acabado de entrar, deu ótima enfiada para Zé Hugo na área. O atacante tocou por cima de Marcos Felipe e acertou a trave.

Com o Vitória na pressão, o Bahia passou a mostrar dificuldade em trocar passes, apostando em lançamentos. O Esquadrão teve boa chance aos 41, em um contra-ataque em que Cauly disparou e acionou Lucho Rodríguez. Mas o uruguaio foi parado com falta. Juba cobrou com perigo, para fora.

No apagar das luzes, veio o segundo gol tricolor. Rafael Ratão fez linda jogada, passou por Lucas Esteves, tocou para o meio da área, e deixou Juba sacramentar o 2x0 e selar a festa na Fonte Nova.

FICHA TÉCNICA

Bahia x Vitória - 22ª rodada do Campeonato Brasileiro

Bahia: Marcos Felipe; Santi Arias, Gabriel Xavier, Kanu e Luciano Juba; Caio Alexandre (Yago Felipe), Jean Lucas, Everton Ribeiro (Biel, depois Iago) e Cauly (Rafael Ratão); Thaciano (Carlos de Pena) e Everaldo (Lucho Rodríguez). Técnico: Rogério Ceni.

Vitória: Lucas Arcanjo; Willean Lepo, Neris, Wagner Leonardo e Lucas Esteves; Luan Santos (Willian Oliveira), Ricardo Ryller (Jean Mota) e Machado (Pablo); Osvaldo (Zé Hugo), Janderson (Carlos Eduardo) e Alerrandro (Lawan). Técnico: Thiago Carpini.

Local: Fonte Nova

Gols: Everton Ribeiro, aos 14 minutos do primeiro tempo; Luciano Juba, aos 51 do segundo tempo;

Cartão amarelo: Kanu, Caio Alexandre e Yago Felipe, do Bahia; Lucas Esteves, Alerrandro, Pablo e Willian Oliveira, do Vitória;

Cartão vermelho: Thiago Carpini, do Vitória;

Público: 45.123 pagantes

Renda: R$ 1.597.822,00

Arbitragem: Bráulio da Silva Machado (SC), auxiliado por Alex Ang Ribeiro (SP) e Thiaggo Americano (SC)

VAR: Igor Junio Benevenuto (MG)