Atlético-MG ficará seis jogos de portas fechadas

A punição faz referência aos ataques na final da Copa do Brasil contra o Flamengo

Os ataques da final da Copa do Brasil seguem repercutindo, e gerando penas mais detalhadas para o Atlético-MG pelo ocorrido no jogo contra o Flamengo, na Arena MRV. Desta vez, o Superior Tribunal de Justiça Desportiva do Futebol (STJD) definiu a punição de seis jogos com portões fechados, a ser cumprida em competições organizadas pela CBF.

O Galo está estudando um recurso a ser aberto contra a punição, que substitui a perda do mando de campo por seis jogos, dos quais dois já foram disputados. Nos próximos, a torcida alvinegra estaria completamente barrada.

A exceção é válida apenas nos últimos três jogos, e aplica pena pedagógica - mulheres, crianças, adolescentes de até 16 anos, idosos e deficientes poderão assistir aos jogos.

A pena se soma ainda a uma multa de R$198 mil a ser paga pelo clube.

Relembre o que aconteceu

A decisão do julgamento realizado nesta quarta-feira (27) se refere às seis denúncias que a procuradoria fez do Atlético-MG pela final da Copa do Brasil. No jogo, foram arremessados objetos no gramado, além de quatro bombas, sendo que uma delas atingiu o fotógrafo Nuremberg José Maria.

Torcedores invadiram o campo, lançaram lasers no goleiro rubro-negro, entoaram cantos homofóbicos, e infrigiram diversos artigos do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Foram mais de 20 envolvidos, com alguns ainda em processo de identificação, de acordo com assessoria do Atlético e as forças de Segurança de Minas Gerais. O suspeito de atirar a bomba que atingiu o fotógrafo de 67, no entanto, foi preso e será indiciado por tentativa de homicídio.

Por isso, a arena foi interditada, e há dois jogos o Galo não pode entrar em campo em casa. Nesse meio tempo, o clube tem jogado no Independência, sem público, aguardando o julgamento do recurso nesta quinta-feira (28).

“Por tudo que o clube fez, pela estrutura que tem a Arena MRV, um estádio supermoderno, com o aumento do efetivo que o clube providenciou para aquele jogo, enfim, todas as providências que foram tomadas, nos pareceu exagerada a punição de seis jogos, ainda que três deles com torcida parcial,. defendeu Gustavo Caputo, advogado do time.

“Eu, sinceramente, entendo que uma punição de no máximo de três jogos estaria de muito bom tamanho”, completou.