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Atleta se recusa a enfrentar adversária trans: 'Sou uma mulher e este é um homem'

Esgrimista dos Estados Unidos retirou a máscara e se ajoelhou em protesto

  • Foto do(a) author(a) Giuliana Mancini
  • Giuliana Mancini

Publicado em 4 de abril de 2025 às 15:53

Stephanie Turner se recusou a enfrentar a atleta trans Redmond Sullivan
Stephanie Turner se recusou a enfrentar a atleta trans Redmond Sullivan Crédito: Reprodução

Uma cena que aconteceu nos Estados Unidos tem viralizado e gerado grande polêmica no esporte. Durante um torneio de esgrima, uma atleta se recusou a competir com uma adversária trans. No momento em que o combate teria início, Stephanie Turner retirou a máscara, se ajoelhou em protesto e afirmou para o árbitro que não iria enfrentar Redmond Sullivan.

Stephanie recebeu imediatamente do juiz o cartão preto, aplicado aos atletas que cometem infrações consideradas graves. Entre elas, está recusar-se a esgrimir. A Federação de esgrima dos Estados Unidos (USA Fencing) informou que ela foi desclassificada da competição universitária. O incidente foi no dia 30 de março, durante um torneio organizado pela USA Fencing.

A organizadora do torneio disse que sua responsabilidade é garantir que todos os atletas disputem e sob as mesmas regras estabelecidas pela Federação Internacional de Esgrima (FIE), o órgão regulador do esporte. "No caso de Stephanie Turner, sua desqualificação, que se aplica somente a este torneio, não estava relacionada a nenhuma declaração pessoal, mas foi meramente o resultado direto de sua decisão de se recusar a competir com uma oponente elegível, o que as regras da FIE proíbem claramente", afirmou, em comunicado.

Em entrevista ao site do canal Fox News, Stephanie falou que tomou a decisão de se ajoelhar diante de Sulivan na noite anterior, quando soube quem seria sua oponente. "Eu vi que eu estaria na pista com Redmond e dali eu disse, 'OK, vamos fazer isso. Vou me ajoelhar'", contou a esgrimista, que fez questão de se referir à adversária no masculino.

"Eu sabia o que tinha que fazer porque a USA Fencing não estava ouvindo as objeções das mulheres. Eu me ajoelhei imediatamente naquele momento. Redmond [Sullivan] tinha a impressão de que eu iria começar a esgrima", continuou.

"Quando eu me ajoelhei, olhei para o árbitro e disse: "Sinto muito, não posso fazer isso. Eu sou uma mulher, e este é um homem. E este é um torneio feminino. E eu não vou esgrimir com este indivíduo". Redmond não me ouviu. Ele vem até mim, acha que posso estar machucada ou não entende o que está acontecendo. Ele pergunta: "Você está bem?" E eu disse: "Sinto muito. Eu tenho muito amor e respeito por você, mas eu não vou esgrimir com você"", completou a atleta.

Sullivan não deu entrevistas após o episódio. Segundo Stephanie, a adversária tentou alertá-la sobre o que aconteceria por se recusar a competir. "Redmond me disse: "Bem, você sabe, há um membro no conselho de diretores aqui que me apoia e há uma política que me reconhece como mulher. Então posso praticar esgrima, e você receberá um cartão preto". Eu disse: "Eu sei"".