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Alan Pinheiro
Publicado em 7 de fevereiro de 2025 às 13:22
O ex-técnico do Vitória Vagner Mancini rebateu os comentários de que teria pedido para que o time rubro-negro forçasse o encerramento prévio do jogo por expulsões no clássico que veio a ficar conhecido como "Ba-Vi da Paz", realizado em 2018. O treinador ainda definiu todo o episódio como uma "grande palhaçada". A explicação de Mancini aconteceu na última quarta-feira (5), em entrevista ao podcast Futeboteco.>
"Aquilo foi uma grande palhaçada, essa é a verdade. O Ba-Vi estava 1x0 para o Vitória, sai um pênalti para o Bahia, eles empatam, o Vinícius faz uma dancinha e vira uma pancadaria no jogo. Eu não saí da minha área, fiquei parado, até porque a minha época de briga já tinha passado. Aí eu fiquei quieto e entrei no campo no final para ver quem o árbitro tinha expulsado, quatro jogadores do Bahia e três do Vitória", iniciou a resposta ao questionamento de um ouvinte.>
Mancini seguiu explicando o episódio e se disse furioso com as acusações de que teria pedido a um de seus jogadores para forçar o fim da partida. Segundo o treinador, as condições do jogo permitiriam que ele tomasse outras decisões se sua intenção fosse ter mais um atleta expulso. "A tendência era que o Bahia ganhasse o jogo. O Guto Ferreira trocou do Bahia quem tinha os amarelos e eu não tinha como fazer isso. Eu tinha as três trocas ainda. Por isso que eu sou extremamente revoltado, se eu quisesse fazer qualquer sacanagem, tinha chamado um jogador do banco para levar o vermelho. Fora de campo, eu chamava o jogador para ganhar tempo. É óbvio. Eu tinha sete jogadores em campo e eu queria ganhar tempo", disse.>
Vagner Mancini
Treinador do Vitória em 2018De acordo com Mancini, a instrução dada para o time era de que se fizesse cera nos minutos finais do confronto. A instrução, no entanto, era para ser direcionada principalmente ao goleiro Fernando Miguel. O argumento do treinador era de que o árbitro responsável pela partida não iria expulsar o jogador por cera para evitar o fim do confronto por W.O. >
"O árbitro não vai expulsar o goleiro. O Fernando era o único que podia cair, porque o juiz já tem o peso de ter expulsado quatro jogadores e ele não vai terminar o jogo. Ele vai dar um amarelo, vai enrolar, vai enrolar e não vai expulsar. A informação que eu passei foi essa. Eu estava de frente para o jogo vendo o Fernando Miguel tentando repor a bola. Antes de eu fazer a primeira substituição, o Bruno Bispo toma o segundo amarelo, é expulso e termina o jogo", explicou.>
O Ba-Vi em questão ocorreu no dia 18 de fevereiro de 2018. Dentro de campo, o confronto terminou empatado em 1x1, mas o resultado foi favorável para o Esquadrão, que venceu por W.O (3x0), com nove expulsos, cinco do Leão e quatro da equipe tricolor. A partida chegou ao fim aos 34 minutos da segunda etapa, após a quinta expulsão rubro-negra. Foram expulsos Vinicius, Lucas Fonseca, Edson e Rodrigo Becão, do lado tricolor, e Kanu, Denílson, Rhayner, Uillian Correia e Bruno Bispo pelo Vitória. >