Após empate contra o Criciúma, Ceni critica atuação da arbitragem: ‘Tenebrosa’

Estado do gramado do Heriberto Hülse também foi um dos tópicos citados pelo treinador

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Publicado em 16 de junho de 2024 às 22:15

Técnico Rogério Ceni durante entrevista coletiva após jogo contra o Náutico, na Fonte Nova
Técnico Rogério Ceni durante entrevista coletiva Crédito: Tiago Caldas / ECBahia

Com a chance de se tornar o novo líder do Brasileirão perdida, o Bahia agora vai precisar enfrentar o Flamengo, com quem está empatado em pontos, para se isolar na segunda colocação, ou enfim conquistar a ponta da tabela. Contra o Criciúma, neste domingo (16), o Tricolor saiu atrás no placar com os gols de Marcelo Hermes e Arthur Caíke. No entanto, Everaldo e Caio Alexandre empataram a partida.

Em entrevista coletiva após o jogo, o técnico Rogério Ceni fez duras críticas à arbitragem de Flavio Rodrigues de Souza e ao gramado do estádio Heriberto Hülse, que não conseguiu absorver a chuva. “A chuva atrapalhou muito a gente. O lado direito do gramado, que é o nosso mais forte, estava encharcado. Não conseguimos ter tanta combinação, então tentamos segurar um pouquinho mais o Gilberto. Acho que foi uma arbitragem desastrosa, eu não gosto de falar, mas é que hoje é o cúmulo, porque ele desagradou os dois lados. Ninguém sabe o que aconteceu. Tava sendo tenebrosa, a chuva atrapalhou bastante a gente, porque o gramado estava muito bom, mas infelizmente formou muito barro. E a gente cometeu erros grotescos que não podemos cometer. Muito legal empatar o jogo, isso tem que ser exaltado, mas era - dentro das circunstâncias - um que a gente precisava vencer”, iniciou.

“Eu acho que poderíamos ter perdido o jogo, não conseguimos entrar. E pelo que a gente produziu, não seria espantoso. Mas diante das circunstâncias que o jogo se apresentou, acho que poderíamos ter saído vencedores. Deveríamos ter saído vencedor do jogo diante das circunstâncias, dentro do que nós mesmos fizemos para entrar no jogo. Poderíamos ter construído melhores jogadas e melhores oportunidades. Não criamos grandes chances depois dos gols que nós fizemos”, avaliou.

Sobre a crescente após o gol de Everaldo, que diminuiu o placar para o Bahia no segundo tempo, Ceni disse que esse foi o momento onde o Esquadrão voltou para a partida. O comandante tricolor também comentou sobre o segundo gol sofrido pela equipe e a expulsão do goleiro do Criciúma.

“Eu nem sei explicar o segundo gol que nós tomamos. Estávamos numa situação delicada. Acho que aquele gol do Everaldo coloca a gente no jogo, faz que o time novamente acredite no resultado. A expulsão, logicamente, favorece para que você tenha mais domínio da partida. Acho que nós não tivemos a calma necessária. Repito, o gramado ficou muito pesado, que é um ótimo gramado para se jogar aqui, mas com o tanto de água que caiu, ficou muito barro. E a gente não conseguia, não teve calma para fazer boas tabelas”, disse.

Veja outros trechos da entrevista coletiva com Rogério Ceni

Gramado jogou contra

“O lado que a gente mais jogou no primeiro tempo é o que ficou pesadíssimo no campo. Nós tivemos que trocar muito o lado de jogar, e não conseguimos nos ajustar com o campo. Com ele muito pesado, se perde um pouco da sintonia para as tabelas. Erramos muito a tabela. Quando nós jogamos o segundo tempo, acho que o time conseguiu [jogar melhor]. Quando teve o 10 contra nove na linha, eu acho que nós não tomamos decisões corretas, finalizamos de 30 metros, 35 metros de distância, quando a gente poderia ter usado os lados do campo um pouco mais para chegar ao gol adversário. Foi um jogo difícil”.

Jogo contra o Flamengo

“Eu nunca vi alguém jogar contra o Flamengo no Maracanã e ser favorito. Em época nenhuma. Mesmo assim [com os jogadores convocados], estava vendo o empate do jogo, Amanhã vamos descansar e trabalhar terça e quarta, visando o jogo, mas se a gente for só se defender, não vale a pena ir para o Maracanã. Temos que jogar com o objetivo sempre de vencer o jogo, respeitando sempre o Flamengo. Nada impede que a gente vá lá e vença”.