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'Antiético um inglês guiar o carro do Senna no Brasil', critica Emerson Fittipaldi

Homenagem vai lembrar os 30 anos da morte de Senna com Lewis Hamilton pilotando carro clássico usado pelo brasileiro em 1990

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 2 de novembro de 2024 às 14:37

Emerson Fittipaldi
Emerson Fittipaldi Crédito: Divulgação

O piloto brasileiro Emerson Fittipaldi criticou a escolha de São Paulo para uma homenagem em lembrança aos 30 anos da morte do icônico Ayrton Senna. O inglês Lewis Hamilton foi o piloto escolhido para conduzir a homenagem, o que também desagradou a Fittipaldi. 

"Eu acho muito legal o Hamilton, mas devia ser um piloto brasileiro, com certeza. Eu achei muito, muito antiético o inglês no Brasil -- no Brasil! -- guiar o carro do Ayrton (Senna). Desculpa, a minha opinião tem que ser verdadeira. Podia ser o Felipe (Massa), podia ser o Rubinho (Barrichello)... Podia ser eu. Mas tinha que ser um brasileiro", afirmou Fittipaldi, o primeiro brasileiro a ser bicampeão do mundo no esporte, para o portal Uol.  

A homenagem vai acontecer depois do segundo dia do GP de São Paulo, com Hamilton pilotando o modelo da McLaren que Senna usou no bicampeonato da F1, em 1990. A previsão é que o evento comece a partir das 17h deste sábado. 

Fittipaldi reafirmou que sua opinião não é uma crítica particular a Hamilton. "Eu não sei quem escolheu, se foi o McLaren, se foi organização, não sei. Eu adoro o Lewis Hamilton, não tem nada a ver com o talento, a personalidade que ele é, mas aqui no Brasil não ser um brasileiro comemorando o carro do Ayrton? desculpa. É um chute fora do gol", acrescentou. 

Nas redes sociais, Rubinho Barrichelo também comentou a homenagem. "Quem deveria guiar o carro do Senna no Brasil é Rubens Barrichello. Esse sim teve uma história com Ayrton Senna e muito melhor que a do Hamilton", diz uma mensagem republicada por Rubinho no Instagram. "Também acho", dizia o comentário. 

Apesar disso, depois Rubinho disse que não era necessário que fosse ele, mas que seria importante esse momento contar com um brasileiro. "Na verdade, eu não me posicionei, eu só repliquei uma coisa que falei que também acho, mas não é porque tem que ser a mim: tinha que ser um brasileiro, com toda a história, com todo o Brasil... Por mais carinho que a gente tenha pelo Hamilton - e eu também, um amigo pessoal, ele já vai estar correndo. Dê a chance para um garoto novo, brasileiro, que está despontando", afirmou ele à Band.