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Publicado em 24 de novembro de 2023 às 23:00
Se vencer era a ordem, o Bahia cumpriu com a palavra, e com louvor. Fora de casa, não tomou conhecimento do Corinthians e conseguiu um triunfo importantíssimo nesta sexta-feira (24). Com gols marcados por Rezende, Cauly, Thaciano duas vezes e Ademir, o Esquadrão goleou por 5 a 1 e saiu momentaneamente da zona de rebaixamento, com esse que é o maior triunfo fora de casa da equipe na história do Campeonato Brasileiro. Agora com 41 pontos, é o 15º colocado da Série A do Campeonato Brasileiro.
Além dos três pontos valiosos na luta pela permanência, o time de Rogério Ceni quebrou o tabu de nunca ter vencido o Corinthians na Neo Química Arena, além de 15 anos de jejum em partidas por todas as competições. O tricolor só retorna ao Z-4 caso o Vasco e o Cruzeiro vençam os seus respectivos jogos. Com tropeços de um deles, a 35ª rodada acaba com a saída da equipe da zona da degola. Restam apenas três rodadas para o fim do Brasileirão.
Dessas três últimas rodadas, duas delas serão na Arena Fonte Nova. Já na quarta-feira (29), a equipe azul, vermelha e branca recebe o São Paulo, às 20h. Depois, visita o América-MG e fecha a participação no campeonato contra o Atlético-MG, em Salvador.
O técnico Rogério Ceni surpreendeu na escalação. Sem contar com Everaldo, suspenso, o comandante tricolor optou por jogar sem um homem de referência no ataque, e escalou Yago Felipe no meio campo como a única alteração em relação ao time que iniciou a partida contra o Athletico-PR. Até mesmo no lado esquerdo, Luciano Juba foi preferido em relação ao teoricamente titular Camilo Cándido, de volta após cumprir suspensão.
Com essa escalação, Rezende atuou novamente como um zagueiro pelo lado esquerdo, liberando Juba para fazer a função de ala e apoiar mais o ataque. E se durante a semana, o técnico Rogério Ceni treinou bola parada, logo aos três minutos o resultado veio. Luciano Juba cobrou escanteio pela esquerda e Rezende subiu livre na primeira trave para cabecear para as redes: Bahia 1 a 0.
O primeiro tempo foi um passeio. Desde antes do gol, a equipe baiana mostrou a sua estratégia. Com Biel fazendo uma espécie de referência no ataque, os outros jogadores de meio campo ajudavam o camisa dez na puxada de contra-ataque, principalmente pelo lado esquerdo, com Cauly e Luciano Juba. Já Thaciano buscou ocupar mais o lado direito, como já vinha fazendo nos últimos jogos.
O caminho era pelo lado esquerdo. Aos 15 minutos, Cauly fez boa tabelinha com Thaciano, driblou a marcação e encheu o pé esquerdo num chute cruzado para vencer o goleiro Cássio e ampliar o placar para o Esquadrão. A estratégia de Ceni se mostrou tão efetiva que o técnico Mano Menezes mexeu no Corinthians logo com 21 minutos, abrindo mão da formação com três zagueiros e colocando em campo o atacante Wesley.
Cinco minutos depois da alteração, Biel chutou para o gol e, logo depois, recebeu um pisão do zagueiro Gil. Após ser chamado no VAR, o árbitro Marcelo de Lima Henrique decidiu pela marcação do pênalti em cima do jogador tricolor. Thaciano assumiu a responsabilidade da cobrança e não fez feio: Cássio deslocado e 3 a 0 no placar. Enquanto isso, o Corinthians não conseguia passar pela marcação do Bahia. A primeira chance real de gol aconteceu somente aos 41 minutos, em cabeçada de Yuri Alberto que obrigou Marcos Felipe a fazer grande defesa.
O segundo tempo se desenhou de maneira similar ao que foi visto no fim da primeira etapa: o Corinthians tentando exercer uma pressão sobre o Bahia, que adotou uma posturada mais recuada para tentar aproveitar um contra-ataque e "matar o jogo". O Esquadrão seguiu mais efetivo em sua estratégia e concedeu poucas chances aos donos da casa. No primeiro grande vacilo do Bahia, Gilberto errou um passe na saída de bola e Renato Augusto aproveitou para acertar um belo chute colocado e diminuir o placar.
A preocupação com uma possível reação corinthiana fez Rogério Ceni mudar a equipe. Camilo Cándido entrou no lugar de Juba e Ademir substituiu Biel. Na primeira jogada do camisa sete, ele tabelou com Cauly e saiu de cara com Cássio para fazer o quarto gol do Esquadrão.
A velocidade de Ademir ainda geraria mais frutos ao tricolor no jogo. Sete minutos depois do seu gol, o atacante ganhou na velocidade de Gil e foi derrubado dentro da área. O roteiro do terceiro gol se repetiu, e Thaciano deslocou Cássio novamente, para fazer o quinto gol do Bahia. Goleada de mão cheia para voltar a vencer depois de três jogos.
Bahia: Marcos Felipe; Gilberto (Cicinho), Kanu, Vitor Hugo e Luciano Juba (Camilo Cándido); Acevedo, Rezende, Thaciano, Yago Felipe (Mugni) e Cauly (Rafael Ratão); Biel (Ademir). Técnico: Rogério Ceni.
Corinthians: Cássio; Gil, Lucas Veríssimo e Fábio Santos (Wesley); Fagner, Maycon, Giuliano (Matheus Araújo), Renato Augusto e Matheus Bidu (Pedro); Romero (Rojas) e Yuri Alberto (Felipe Augusto). Técnico: Mano Menezes.
Neo Química Arena, São Paulo-SP
Gols: Rezende aos 3, Cauly aos 15 minutos e Thaciano aos 28 do 1º tempo; Renato Augusto aos 21, Ademir aos 29 e Thaciano aos 39 do 2º tempo
Público: 39.403 pessoas
Renda: R$ 2.449.046,00.
Árbitro: Marcelo de Lima Henrique (CE), assistido por Nailton Junior de Sousa Oliveira (FIFA-CE) e Victor Hugo Imazu dos Santos (PR)
VAR: Pablo Ramon Goncalves Pinheiro (FIFA-RN)
Cartões amarelos: Gil, Renato Augusto (Corinthians) | Vitor Hugo, Thaciano, Gilberto (Bahia)