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Inovação para a sustentabilidade

Especialistas de diferentes setores destacaram a importância de tecnologias emergentes

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  • Estúdio Correio

  • Murilo Gitel

Publicado em 5 de junho de 2024 às 10:36

Painel reuniu representantes do setor privado, startups e academia/ Crédito: Foto: Lucas Leawry/CORREIO

Uma tecnologia que utiliza a radiação ultravioleta solar para purificar a água das cisternas de famílias que vivem em regiões de escassez do recurso. Assim é o Aqualuz, tecnologia de impacto social desenvolvida pela empreendedora social Anna Luísa Beserra quando ela tinha apenas 15 anos. Hoje CEO da startup SDW, a cientista foi uma das atrações do III ESG Fórum Salvador.

“Estamos trabalhando com famílias em que grande parte é de pequenos agricultores. Quando levamos água de qualidade, contribuímos para o trabalho dos produtores e a saúde das crianças. Não é só acesso à água e saneamento. É entregar uma condição para que as pessoas possam desenvolver seus próprios potenciais”, ressaltou Anna Beserra, que participou do painel sobre tecnologias emergentes.

Anna Luísa Beserra: a importância do acesso à água potável Crédito: Foto: Elias Dantas/Alô Alô Bahia

Premiada pela ONU e reconhecida pela Forbes Under 30, a empreendedora defendeu mais investimentos para os negócios de impacto social. “Infelizmente, no Brasil, eles ainda não têm o devido reconhecimento. Já empresas de outros setores conseguem uma série de incentivos fiscais. Este tipo de evento é muito importante para reforçarmos esse debate”, salientou.

O vice-presidente de Sustentabilidade da Bracell, Marcio Nappo, observou que a proteção da biodiversidade é uma das prioridades da companhia, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel especial. “Há dois anos iniciamos um projeto chamado ‘Compromisso 1 para 1’, onde nos comprometemos, a cada 1 hectare de eucalipto produzido, a ajudar a proteger ou conservar 1 hectare de mata nativa nos estados onde temos operação”, explicou.

Márcio Nappo, da Bracell: biorrefinarias como tendência Crédito: Elis Dantas/Alô Alô Bahia

Futuro

Ao ser perguntado pelo mediador do painel e fundador da Zygon, Lucas Reis, sobre sua visão de futuro para a sustentabilidade da indústria, Nappo respondeu que aposta nas biorrefinarias como tendência. “Utilizar, cada vez mais, soluções baseadas na natureza, conceitos de economia circular, produção de matéria-prima renovável e produtos biodegradáveis. É juntar tudo isso dentro de um único processo produtivo”.

A diretora de Gente, Gestão e Cultura da Moura Dubeux, Maria Lúcia Dubeux, lembrou que a empresa tem realizado inúmeras parcerias com a academia para viabilizar a reutilização de resíduos em seus empreendimentos. “Acredito que ESG não é só um tema restrito a tecnologias emergentes. É muito mais amplo, social, inclusive. A construção civil tem no ESG uma responsabilidade muito grande, praticando a diversidade e inclusão, gerando emprego e renda para as pessoas, ainda mais em uma região tão necessitada como o Nordeste”, apontou.

Junto às universidades, a Moura Dubeux busca encontrar soluções de reutilização de resíduos de concreto provenientes da demolição de alguns empreendimentos. “Tem sido muito positivo, porque além da possibilidade de promovermos um novo uso no próprio empreendimento, também podemos utilizá-las para benefício de comunidades de baixa renda, como em parques públicos e bancos nas ruas”, exemplificou Maria Lúcia.

Parceria entre construção civil e universidades foi destacada por Maria Lúcia Dubeux Crédito: Foto: Elias Dantas/Alô Alô Bahia

Hidrogênio verde

O diretor de Tecnologia e Inovação do SENAI CIMATEC, Luís Breda, chamou a atenção para o potencial do estado em relação ao hidrogênio verde, apontado por especialistas como o “combustível do futuro”. “A Bahia tem um potencial enorme na produção de energia solar e eólica. Precisamos desenvolver a tecnologia para viabilizar o hidrogênio verde aqui de forma competitiva, em vez de apenas exportar essa energia.”

Breda ressaltou que há uma corrida mundial em curso pelo hidrogênio verde. “O hidrogênio é analisado como uma alternativa positiva uma vez que pode ser produzido de uma forma limpa. O ideal é que ele seja utilizado para substituir outras fontes de energia que utilizam carbono, o que causará um impacto positivo para a sociedade como um todo”, justificou.

O III ESG Fórum Salvador é um projeto realizado pelo Jornal Correio e Site Alô Alô Bahia com o patrocínio da Acelen, Alba Seguradora, Bracell, Contermas, Grupo Luiz Mendonça - Bravo Caminhões e Ônibus e AuraBrasil, Instituto Mandarina, Jacobina Mineração - Pan American Silver, Moura Dubeux, OR, Porsche Center Salvador, Salvador Bahia Airport, Suzano, Tronox e Unipar; apoio da BYD | Parvi, Claro, Larco Petróleo, Salvador Shopping, SESC, SENAC e Wilson Sons; apoio institucional do Sebrae, Instituto ACM, Saltur e Prefeitura Municipal de Salvador e parceria do Fera Palace, Happy Tour, Hike, Hiperideal, Luzbel, Ticket Maker, Tudo São Flores, Uranus2, Vini Figueira Gastronomia e Zum Brazil Eventos.

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