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Veja os principais marcos dos 25 anos de história do Festival de Verão

Festival de Verão completa 25 anos realização em 2024

  • L
  • Luiza Gonçalves

Publicado em 23 de janeiro de 2024 às 05:00

 Festival de Verão completa 25 anos realização com edição especial em 2024
Festival de Verão completa 25 anos realização com edição especial em 2024 Crédito: Divulgação

Aos 25 anos, o nosso rasta já é um jovem-adulto cheio de história para contar. Guarda seu estilo “cool”, diverte dos mais novos aos mais velhos e, como sempre, portando seu berimbau invoca a mistura de ritmos que faz Salvador vibrar. Nos dias 27 e 28 de janeiro o Festival de Verão chega a sua 25ª edição no Parque de Exposições marcando a história da capital Bahia com momentos musicais e experiências de festival que encanta gerações.

Tudo começou em 1999, no ano em que Salvador completou 450 anos, com a ideia de expandir o projeto Pôr do Sol, que acontecia na área verde do Othon, para um evento ainda maior no Parque de Exposições. Na sua primeira edição era formado de um único palco na pista de exposições do local. Porém ele já chegou chegando, revela Michelle Marchesini Gerente de Operações da Bahia Eventos, empresa responsável pelo FV. “Logo na sua primeira edição surpreendeu o público com experiências únicas, apresentou um feat memorável de Marisa Monte e Carlinhos Brown. Uma conexão inexplicável, um caldeirão de ritmos”.

Inicialmente o FV tinha 5 dias, começando na quarta-feira até o domingo e se consolidou no calendário de festas de janeiro de tal ponto a afastar outros eventos na semana de sua realização, relembra Caroline Vianna: “O público se preparava, esperava e ansiava pelo Festival de Verão. A gente fazia venda no escuro e as pessoas compravam o passaporte do evento para ir os cinco dias sem nem saber as atrações que iam estar no palco. Na semana do Festival de Verão não tinha festa na cidade. Todo mundo ficou na expectativa do festival”.

Gerente de marketing da Rede Bahia, Caroline integra a produção do FV desde 2001 e acompanhou seu crescimento. “Foi muito encantador ver o festival nascer e crescer em Salvador, trazendo grandes nomes, nomes que não tocavam em Salvador, nomes que tinham dificuldade de se apresentar aqui na região e o festival quebrou muitos paradigmas. Ele ditou muito o ritmo da cena das festas privadas aqui em Salvador e foi responsável por ajudar a deslanchar o Axé para o Brasil”.

O Festival de Verão tem uma história com números de respeito. Preparados? O evento chegou a ter mais de 40 atrações numa única edição. São mais de 500 shows e mais de 700 horas de música. No ano 2010 o evento bateu recorde de público com aproximadamente 71 mil pessoas em apenas um dia de Festival. Para movimentar essa estrutura, cerca 1500 profissionais envolvidos, entre diretos e indiretos, são acionados em cada edição, ou seja aproximadamente 37.500 ao longo desses 25 anos. Desde 2004, a Rede Globo passou a transmitir o evento para todo o Brasil.

Djavan, Zezé Di Camargo e Luciano, Gilberto Gil, Zeca Pagodinho , Beth Carvalho, Marília Mendonça, Titãs, Sandy e Junior, Rouge e Banda Calypso são alguns dos nomes que já pisaram nos palcos do FV. Um marco das edições antigas era a presença de uma aração internacional que possibilitou o show de artistas como Alanis Morissette, Ben Harper, Akon, Jason Mraz, Eagle Eye Cherry em Salvador. “Foi explosiva a apresentação do cantor Akon com a participação de Claudia Leitte em 2010. Ele se jogou no meio do público, foi realmente incrível. Outro show inesquecível foi de Rita Lee em 2004” destacou Michelle Marchesini .

Rita Lee no Festival de Verão em 2004
Rita Lee no Festival de Verão em 2004 Crédito: Divulgação

Um outro momento relembrando por Michelle e Carolina foi a celebração de 15 anos de Festival de Verão em um baile de debutante comandado por Ivete e mais 15 cantores famosos. O show teve direito até a valsa de Veveta com alguns cantores, dentre eles Gilberto Gil.

Campanhas e ações marcam o compromisso social do FV desde o início dos anos 2000. Em 2002, o evento se uniu à Unesco na disseminação do conceito da cultura da paz e da não-violência e em 2006 apoiou a campanha 8 Metas do Milênio da ONU. São 25 anos de música, compromisso e cultura nas recordações da Bahia e do Brasil. “O festival constrói parte da história de Salvador neste último quarto de século e Salvador também constrói a história do festival. Porque tudo acontece antes e depois do Festival de Verão. Ele é um ser vivo na memória soteropolitana”, arremata Caroline Vianna.

Histórias

Quando o assunto é Festival de Verão, o que não falta são histórias para contar. Um show inesquecível, um crush que conheceu do FV, a maratona de ir e voltar 5 dias para o parque de exposições “nos velhos tempos”. Fiz minha pesquisa de campo entre os amigos e as respostas foram diversas: “Eu via sempre na TV a propaganda” me disse um. “ Eu amo, mas no início só podia ir com meus pais porque eu era muito pirralha”, ouvi de um outro. E até mesmo: “Foi lá que eu peguei uma toalhinha jogada por Wesley Safadão do palco e você sabe que eu amo ele né?”, de um terceiro.

Mas não para por aí, alguns rostos mais conhecidos falaram ao Correio suas memórias e apegos com o Festival de Verão. “A minha relação com o FV é incrível, eu fui no primeiro e em vários outros. Já trabalhei no Festival de Verão, já fiz entrevista e para mim ele é o início do verão da Bahia, do movimento e da alegria que a cidade tem!”, declarou o ator Luís Miranda. Seu show favorito, e aparentemente de uma galera, foi Rita Lee em 2004.

Para Daniela Mercury um dos momentos inesquecíveis do Festival de Verão foi em 2005 quando se apresentou ao lado de Neguinho do Samba, criador do Samba Reggae, em um emocionante show percussivo com a banda Didá. Esse ano ela promete repetir essa força com o Ilê Aiyê e Margareth Menezes no dia 28 de janeiro. “Nós três juntos, celebrando esses 50 anos de Ilê Aiyê e dos blocos afros de Salvador. Vamos juntos, celebrar conosco?”, convidou a Rainha do Axé.

Daniela Mercury, Banda Didá e Neguinho do Samba no Festival de Verão em 2005
Daniela Mercury, Banda Didá e Neguinho do Samba no Festival de Verão em 2005 Crédito: Reprodução/Youtube

É consenso entre os atores Vladimir Brichta, Emanuelle Araújo e Mariana Ximenes: a energia do Festival de Verão é contagiante e a mistura da brasilidade faz com que esse evento se eternize na memória e em seus corações. Heloísa Périssé também concorda:“É um momento que as pessoas fazem uma catarse, dançando e cantando as músicas que mais amam. Parece que aquela energia te retroalimenta. Muita animação, muita alegria, muita diversão e esse efeito que a música causa na gente, de nos levar para um lugar mágico de lembranças, de memórias e de muito amor”.

“Eu coleciono alguns momentos lindos. Mas tem um que toda vez que eu penso em Festival de Verão, eu me lembro com muito carinho. Foi quando eu completei 15 anos de Festival de Verão e eu fiz uma festa de debutante. Eu tive Gilberto Gil como pai da debutante, dançando a valsa comigo e tive 15 colegas dançando ‘We Are Carnaval’ estilo valsa, foi uma das noites mais emocionantes da minha vida. O Festival de Verão merece sempre um show diferente e é o que eu tô programando. Fazendo um show bem porreta, pra gente chegar matando no verão e honrar mais uma vez esse festival que eu amo tanto”, compartilhou Ivete Sangalo.

Ivete Sangalo e Gilberto Gil nos 15 anos de FV
Ivete Sangalo e Gilberto Gil nos 15 anos de FV Crédito: Divulgação

Os próximos 25 anos

A edição de 2024 marca um momento decisivo na consolidação do reposicionamento do Festival de Verão. Nova organização, curadoria e dinâmicas que pretendem solidificar ainda o evento entre os principais festivais brasileiros e proporcionar a verdadeira experiência de festival ao público baiano.

Rogério Bruxelas, presidente da Rede Bahia, afirma que o FV 2024 dará continuidade ao trabalho que foi iniciado em 2023 e que a edição já bateu o recorde histórico do número de parceiros, marcas e patrocinadores.”Nós conseguimos atrair grandes marcas que estão investindo em ativação e no oferecimento de experiências diferenciadas para o público dentro do festival, tornando a arena um lugar agradável e gostoso”. Roda Gigante, Karaokê e stands interativos são alguns dos novos atrativos mencionados por Rodrigo .

Rodrigo Bruxellas
Rodrigo Bruxellas Crédito: CORREIO/Paula Froés

Além disso, ele destaca a volta da atração internacional, com o cantor norte-americano Cee Lo Green; o novo palco dos DJs em formato de uma torre no meio da arena que tocaram entre as atrações e uma nova dinâmica nos espetáculos, o Momento Histórico do Festival de Verão.

“Nesse ano estamos lançando com muito orgulho o Transa de Caetano Veloso, show que ele fez em 1972 em Londres e depois disso ele só fez duas apresentações no Brasil há muito tempo atrás. Essa vai ser a primeira e única na Bahia, então é uma chance de ver um show emblemático do Caetano que ele nunca fez aqui”, declara Rogério. O projeto será continuado nas próximas edições com atrações anunciadas de surpresa 10 dias antes do Festival.

“O nosso plano para o festival é torná-lo cada vez maior e mais relevante no aspecto nacional. Fazendo o que ele é hoje e crescer. Não necessariamente de tamanho, mas cada vez mais oferecer uma experiência legal ao público e ter mais novidades a cada edição. O futuro do festival é ser sempre uma experiência que vai oferecer algo que vai deixar você com saudade e com uma história”, finaliza.