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Portal Edicase
Publicado em 15 de janeiro de 2025 às 17:00
A raiva é uma doença grave, contagiosa e que pode levar à morte. A única forma de prevenção contra o problema em humanos e animais é a vacina. Após oito anos, o estado de Pernambuco registrou um caso de raiva humana, causada pela mordida de um sagui infectado. Além disso, um foco de raiva bovina foi confirmado no sudoeste da Bahia, em Guanambi, após a morte de nove animais. Em 2024, também foi notificado o primeiro caso de raiva canina em 40 anos na cidade de São Paulo.
Segundo Pedro Risolia, médico-veterinário da Petlove, a raiva é provocada por um vírus sintomático em mamíferos, sendo uma doença quase 100% fatal. Ele explica que a variante presente em morcegos é a mais comum, e a espécie de morcegos hematófogos é a principal transmissora de raiva, pois se alimenta exclusivamente de sangue.
“Assim, o contágio da raiva pode ocorrer via mordidas e, com menos frequência, lambidas ou arranhaduras de morcegos ou de outro animal infectado, como acontece na transmissão de cães para cães, na variante canina”, ressalta Pedro Risolia.
Pedro Risolia descreve que, no caso dos animais de estimação, o hospedeiro do vírus pode apresentar sinais como confusão mental, agressividade excessiva, salivação, andar em círculos e paralisia até o momento da morte, que acontece, em média, entre cinco e sete dias após a manifestação dos primeiros sintomas. “Por conta da rigidez muscular causada pela doença, cães e gatos ficam com dificuldade para mastigar, deglutir, o que gera a famosa salivação”, resume.
A prevenção da raiva é feita por meio de vacinação. O mais indicado é que cães e gatos sejam imunizados a partir de três ou quatro meses e que recebam uma dose extra do imunizante anualmente. “A vacinação não é exclusiva à saúde dos pets , mas para toda a sociedade, pois a raiva pode atingir os humanos. Em 2023, os Planos de Saúde Petlove registraram que quase 300.000 cães e gatos receberam imunizantes contra diversas enfermidades, entre elas, zoonoses como a raiva, impedindo a circulação da doença”, conclui o médico-veterinário.
Por Gustavo Mattos