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Portal Edicase
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 18:00
Nos projetos de interiores contemporâneos, a busca por soluções que promovam a fluidez dos ambientes tem ganhado destaque, especialmente nas cozinhas. Se antes esse espaço era restrito aos preparos culinários, hoje ele se tornou o coração da casa, integrando funcionalidade e convivência familiar. Nesse cenário, opções como bancadas em ilha ou península se destacam, oferecendo eficiência e alinhando-se à valorização de ambientes abertos e interconectados. >
“Enquanto as ilhas oferecem um ponto central para preparo de alimentos, armazenamento e refeições, as penínsulas surgem como alternativas versáteis para espaços menores, mantendo a integração visual com outros ambientes.Juntos, elas refletem o cenário de um mundo que valoriza a eficiência sem abrir mão do conforto e do design “, dizemMariana Meneghisso e Alexandre Pasquotto, sócios à frente da Meneghisso & Pasquotto Arquitetura. >
A principal diferença entre ilha e península está na disposição no ambiente. Alexandre Pasquotto explica que a ilha de cozinha corresponde a uma bancada completamente solta no espaço, enquanto a península é apoiada em uma parede. “Essa diferença estrutural impacta diretamente na proposta final do projeto”, pontua. >
Segundo Mariana Meneghisso, a ilha é ideal para cozinhas amplas onde é possível centralizar funções como preparo de alimentos, armazenamento e até refeições. Por outro lado, a península é recomendada para espaços menores, pois aproveita a parede para ganhar estabilidade e otimizar o uso do ambiente. “Nesse caso, ela [a parede] responde como uma extensão da bancada ou uma área de transição entre a cozinha e os demais cômodos”, detalha. >
A definição é feita com base no layout da cozinha, priorizando a ergonomia e a circulação. A dupla de arquitetos ressalta que o estudo do projeto é fundamental para garantir que a opção escolhida atenda às necessidades do morador sem comprometer a fluidez do espaço. >
Mariana Meneghisso e Alexandre Pasquotto avaliam que as ilhas oferecem mais liberdade de design , com potencial de se tornarem o ponto focal da cozinha. Ademais, o elemento permite a inclusão de diversos equipamentos como pias, cooktops , fornos e áreas de armazenamento, além de servir como espaço para refeições informais quando combinadas com banquetas ou cadeiras. >
“Por isso, são indicadas para cozinhas grandes ou integradas com salas de jantar e living “, orientam. As penínsulas são recomendadas para plantas compactas em que a praticidade e a otimização do espaço são prioridades. >
Os arquitetos alertam sobre alguns erros comuns no planejamento das cozinhas – caso da circulação. Para evitar desconfortos, Mariana Meneghisso e Alexandre Pasquotto adotam o chamado ‘triângulo de trabalho’, que consiste na disposição estratégica da geladeira, pia e fogão, garantindo que o fluxo de atividades na cozinha seja fluido e eficiente. >
Outro ponto importante é o dimensionamento e, embora não haja medidas mínimas ou máximas definidas, é preciso garantir que a ilha ou península tenha espaço suficiente para o conforto e praticidade. “Uma bancada muito pequena pode limitar as atividades, enquanto uma muito grande pode comprometer a circulação e a ergonomia do ambiente”, ressalta o arquiteto Alexandre Pasquotto. >
A escolha dos materiais também exige atenção, e os tampos devem ser escolhidos com base na durabilidade, resistência ao calor, umidade e facilidade de limpeza, além da estética. “Tampos de mármore e granito são clássicos e oferecem um visual sofisticado, mas podem ser suscetíveis às manchas e batidas. Já as superfícies ultracompactas, como quartzos e porcelanatos, se evidenciam pela resistência e versatilidade”, destaca Mariana Meneghisso. >
Além desses clássicos, a arquiteta também sugere outros materiais: >
Por Emilie Guimarães >