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Veja como a Síndrome do Edifício Doente pode afetar a saúde

Algumas soluções podem ajudar a tornar o ambiente saudável e promover o bem-estar das pessoas

  • Foto do(a) author(a) Portal Edicase
  • Portal Edicase

Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 16:00

A Síndrome do Edifício Doente pode contribuir para problemas de saúde (Imagem: Daniel Tadevosyan | Shutterstock)
A Síndrome do Edifício Doente pode contribuir para problemas de saúde Crédito: Imagem: Daniel Tadevosyan | Shutterstock

Construções com falhas podem comprometer a saúde de seus ocupantes devido a problemas como infiltrações, mofo, ventilação inadequada e uso de materiais tóxicos. Esses fatores estão associados à Síndrome do Edifício Doente (SED), que pode causar sintomas como dores de cabeça, fadiga e dificuldades respiratórias. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), cerca de 30% dos prédios no mundo apresentam essas condições, contribuindo para o aumento de alergias, exaustão e estresse.

As arquitetas Belisa Mitsuse e Estefânia Gamez, sócias do BTliê Arquitetura e criadoras do curso “Projetando com Feng Shui”, compartilham suas percepções sobre como a arquitetura pode ser uma aliada na promoção da saúde e do bem-estar. “Muitas vezes, as pessoas não percebem que o ambiente em que vivem ou trabalham está afetando sua saúde. Diante disso, um olhar especializado e holístico sobre aquele imóvel torna-se fundamental para encontrar as melhores soluções”, explica Belisa Mitsuse.

Sinais da SED

A SED pode ser identificada por meio de sinais como odores estranhos, umidade visível, mofo e problemas persistentes de saúde entre os ocupantes. A falta de manutenção adequada dos sistemas de ventilação e ar-condicionado é uma das principais causas. A norma indica, que quando mais de 20% dos ocupantes de um edifício relatam sintomas semelhantes, têm-se um indício forte da Síndrome do Edifício Doente.

“Quando projetamos um espaço, consideramos não apenas a estética, mas também como ele vai impactar a saúde e o bem-estar dos ocupantes. Isso envolve uma análise detalhada de fatores como ventilação, iluminação e escolha de materiais”, afirma Estefânia Gamez.

O ideal é que os projetos priorizem ventilação adequada e a luz natural (Imagem: cameilia | Shutterstock)
O ideal é que os projetos priorizem ventilação adequada e a luz natural Crédito: Imagem: cameilia | Shutterstock

Ambientes que promovem saúde

Segundo as especialistas, os arquitetos têm um papel fundamental na prevenção e solução da Síndrome do Edifício Doente. Projetos que priorizam a saúde incluem a escolha de materiais não tóxicos, o planejamento de uma ventilação adequada e a utilização de luz natural sempre que possível. Além disso, manutenções regulares e a utilização de tecnologias sustentáveis podem ajudar a manter um ambiente saudável.

Uso do Feng Shui

Outra solução complementar pode ser a aplicação de Feng Shui nos imóveis residenciais e profissionais. A integração desta técnica milenar chinesa na arquitetura é uma abordagem que visa promover o bem-estar físico, mental, emocional e espiritual dos ocupantes. “O Feng Shui nos ajuda a entender como a organização dos espaços, a escolha das cores e a posição dos móveis podem influenciar a energia do ambiente e, consequentemente, a saúde das pessoas”, explica Belisa Mitsuse.

Assim, os espaços podem promover mais saúde. “Aqui no BTliê Arquitetura, todos os projetos são desenvolvidos de acordo com os conceitos do Feng Shui . Acreditamos que projetar vai muito além de resolver questões técnicas. É sobre criar ambientes que cuidam de quem vive neles, promovendo saúde e equilíbrio em todos os sentidos”, completa Estefânia Gamez.

Posição dos elementos

Em um mundo onde o estresse e a ansiedade estão cada vez mais presentes, a importância de uma arquitetura consciente é inegável. Conforme a OMS, o estresse atinge cerca de 90% da população mundial. Além disso, a agência também afirma que 1 em cada 4 pessoas já enfrentou algum quadro de ansiedade. “Projetar é uma responsabilidade enorme. Cada escolha que fazemos pode impactar profundamente a vida dos nossos clientes”, alerta Estefânia Gamez.

Um exemplo clássico é a posição do banheiro na planta do imóvel e a relação dele com os outros cômodos. “Quando o banheiro está localizado de frente para a porta de entrada, por exemplo, ele pode drenar a energia vital que entra no ambiente”, explica Estefânia Gamez. A arquiteta afirma ainda que posicionar a cabeceira da cama na parede de divisa com o banheiro pode afetar a saúde mental dos moradores.

“O banheiro, por ser uma área de eliminação, carrega uma energia que, ao se conectar diretamente com o seu espaço de descanso, pode prejudicar o seu sono e até o seu equilíbrio emocional”, finaliza Estefânia Gamez. Uma boa solução para esse último problema seria trocar a cama de lugar para uma parede livre e com boa visão da entrada e da janela.

Por Paula de Paula