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Da Redação
Publicado em 29 de setembro de 2019 às 09:26
- Atualizado há 2 anos
O ator Reynaldo Gianecchini abriu o jogo sobre sua sexualidade. Aos 46 anos, o galã, que está no ar como o personagem Régis, em A Dona do Pedaço, fez grandes revelações em uma entrevista à Revista Ela, do jornal O Globo, neste domingo (29).
Em uma conversa com a jornalista Ruth Aquino, Gianecchini disse ter sido muito cobrado para "sair do armário", ao longo da carreira.
"Primeiro, quero falar para essas pessoas: antes de você achar tão interessante a sexualidade dos outros, dá uma olhadinha na sua. Talvez ela tenha mais nuances do que você pensa. Querem te encaixar numa gaveta, mas eu não consigo, porque a sexualidade é o canal da vida e a minha sexualidade não cabe numa gaveta", declarou.
O ator afirmou que prefere não definir sua sexualidade com um rótulo."Já tive, sim, romances com homens. Mas a sexualidade é muito ampla", explica. Afirmou que não se considera gay. "Reconheço todas as partes dentro de mim: o homem, a mulher, o gay, o hétero, o bissexual, a criança e o velho. As pessoas são levianas. Querem te encaixar numa gaveta, e eu não consigo, porque a sexualidade é o canal da vida e minha sexualidade não cabe numa gaveta.
Ele disse, ainda, que nunca se sentiu obrigado a "empunhar" a bandeira da homossexualidade. Segundo Gianecchini, seu desejo não fica limitado a gênero nem por idade. "Demorei para falar isso porque esbarra sempre no tamanho do preconceito no Brasil. Mas agora é importante reafirmar a liberdade, por mim e por quem enfrenta repressão", completou. Gianecchini, falou, ainda, sobre seu casamento com a jornalista Marília Gabriela, que chegou ao fim em 2006. Na época, havia rumores de que o relacionamento era "de fachada". "Eu era casado pra caramba, nunca vi um casamento tão inteiro, a gente vivia uma história a dois de verdade. E já falavam coisas".
José Mayer Na mesma entrevista, Reynaldo Gianechini comentou as acusações de assédio contra o ator José Mayer e defendeu o ex-colega. Para ele, a história teria sido "injusta" - na verdade, teria se tratado de uma "cantada".
"Hoje enxergo uma comoção que não contribui para a verdade. A luta pelos direitos das mulheres às vezes atropela. O Zé Mayer é um p*ta artista e foi massacrado, sumiu, fechou-se em casa, não quer fazer nada. Houve um exagero com ele".
Ele comentou, ainda, a fama de galã e o envelhecimento. Para Gianecchini, como qualquer estereótipo é limitador. "Encaixei nesse lugar do bonitão bambambã. Mas não sou só isso. Envelhecer está sendo interessante. Olho no espelho e falo ‘caramba, tá mudando, né?’ Tá cheio de vinquinhos mais fortes. O trabalho de ator aparece mais quando passa o frescor da beleza."