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Da Redação
Publicado em 22 de novembro de 2022 às 13:15
- Atualizado há 2 anos
Erasmo Carlos morreu, aos 81 anos, nesta terça-feira (22). A informação foi confirmada pela revista Quem. O cantor e compositor foi intubado na segunda (21) no Hospital Barra Dór, na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, às pressas.
Erasmo havia recebido alta no início do mês após ficar internado por nove dias no hospital.
No início do mês, ele teve alta depois de duas semanas internado no mesmo hospital por conta de uma síndrome edemigênica. Essa doença acontece quando o corpo tem um desequilíbrio nas forças bioquímicas que são responsáveis pelo equilíbrio dos líquidos dos vasos sanguíneos. Geralmente, ela é causada por problemas cardíacos e renais.
No final de outubro, uma notícia falsa que o cantor havia falecido chegou a circular, mas foi negada pela equipe do artista e o hospital, onde ele ainda estava internado. Na época, a unidade afirmou que ele tinha um quadro delicado, mas estável. Dias depois o artista teve alta.
Quando ele deu entrada no hospital, a informação é que sofria com uma infecção pulmonar, mas logo a equipe divulgou que ele estava com a síndrome edemigênica.
Erasmo Carlos ficou internado com covid-19 por mais de uma semana em 2021. Ele havia tomado a vacina. A internação, no entanto, foi apenas como medida de precaução.
Legado
O Tremendão, como era conhecido desde os tempos da Jovem Guarda, deixa a esposa, Fernanda Passos, com quem se casou em 2019, e dois filhos, Gil e Leonardo.
Os filhos foram fruto dos relacionamentos com a primeira mulher, Sandra Sayonara Saião Lobato Esteves, a Narinha, que morreu em 1995.
Erasmo já tinha perdido o filho do meio com Nara, Alexandre, vítima de morte cerebral causada por um acidente de moto em 2014.
O compositor foi um ícone da Jovem Guarda, movimento do qual participou ao lado de Roberto Carlos e Wanderléa.
Crescido no Rio com Tim Maia e Jorge Ben Jor, Erasmo Esteves foi autor de mais de 600 músicas e de clássicos como “Sentado à Beira do Caminho”, “Minha Fama de Mau”, “Mulher”, “Quero que tudo vá para o inferno”, “Mesmo que seja eu” e “É proibido fumar”, o artista deixa uma legião de fãs e amigos que fez pela estrada.
Na adolescência, conheceu Roberto Carlos, durante um concerto de Bill Haley no Maracanãzinho, o que teria aberto os olhos do carioca para começar seu próprio grupo.
O nome “Erasmo Carlos”, aliás, era artístico, para homenagear parceiros de carreira: Roberto, o produtor Carlos Imperial. Ele também era chamado pelos apelidos de Tremendão e Gigante Gentil.
Com Roberto, nos anos 60, se destacou como um dos principais compositores da Jovem Guarda, sob influência do pop britânico dos Beatles.
Ao longo dos anos, grandes nomes se juntaram ao artista, como Chico Buarque, Lulu Santos, Zeca Pagodinho, Skank, Los Hermanos, Djavan, Adriana Calcanhotto, Marisa Monte, Frejat, Marisa e Milton Nascimento.Em seu último aniversário, Erasmo usou as redes sociais para fazer um post autobiográfico.
“Sou o resultado das minhas realizações…gols e bolas na trave fazem parte do jogo já que a vida é curta e minha vontade é eterna…sou o que pude e o que tentei ser plenitude…quis ser muitos e sobrou um quando dispensei meia-dúzia dos que não me souberam ser…contagiado pelo bem tornei-me um guerreiro da paz…o meu canto será ouvido assim como o som dos ventos, enquanto o sol brilhar e as lembranças resistirem…dei passos vendados em caminhos movediços para ser merecedor de um lugar no pódio do amor !!! FELIZ ANIVERSÁRIO PARA MIM !!!”, postou.