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Da Redação
Publicado em 27 de setembro de 2013 às 14:48
- Atualizado há 2 anos
Da RedaçãoNicole Mecatti, ex-mulher do cantor e baixista Champignon, que morreu no último dia 9 de setembro, revelou que a filha do músico ainda tem dificuldade de assimilar que o pai morreu. Luiza, que tem apenas 8 anos, ainda sofre muito com a ausência do pai e não gosta de falar sobre a forma como o pai morreu.Abalada com a perda do pai da sua filha, Nicole revelou que mantinha uma boa relação com "Champs", como chamava o músico. "Estamos péssimas. Parece que a ficha ainda não caiu. Não consigo acreditar até agora. O mais difícil é ver o sofrimento da minha filha, mas tenho muita fé em Deus de que Ele vai nos dar forças para seguir em frente", desabafou em entrevista ao Ego.Embora ainda seja uma criança, Luiza sabe exatamente a forma como aconteceu a morte do pai. Nicole revelou que a criança, no entanto, não gosta de tocar no assunto. "Logo que eu soube pela manhã, não tive coragem de falar a forma que tinha sido. Disse a ela que tinha sido coração, mas não podia esconder a verdade. Esperei uns dias para ela colocar a cabecinha um pouco no lugar e contei da forma mais sincera e sutil do mundo. Quando comecei a falar, ela virou para mim e disse: 'Mãe, para! Não me importa do que meu pai morreu e nem o porquê. A única coisa que importa é que eu sei que ele me amava.' Depois disso, caímos no choro e não tive coragem de continuar", disse emocionada.A ex-mulher do músico explicou ainda que a causa da morte de Champignon é um assunto não comentado na casa onde mora com Luiza. "Ela sabe como foi e disse que não quer tocar no assunto, que é muita informação para a cabeça dela. E assim está sendo feito. Ninguém toca mais nesse assunto (sobre a forma da morte). O dia que ela se sentir preparada e quiser saber de algo a mais, com certeza irei falar sempre a verdade", disse.Leia também:Mulher de Champignon fala pela primeira vez após morte do maridoAmigos e familiares se despedem de Champignon em velórioChampignon, do Charlie Brown Jr., é encontrado morto em São PauloHerança de Champignon vai para dívidas e família; entenda divisãoA mãe de Luiza tem um motivo especial para saber lidar com a filha neste momento. Quando tinha apenas 7 anos, ela também perdeu o pai. Segundo ela, isso a ajuda a compreender os sentimentos da filha. "Ela fala muito (dele). Todos os dias, mas sempre relembrando momentos legais que passaram juntos. Tem horas que vêm as recaídas, o choro, a saudade. Ela diz que não acredita. Essa é a pior parte", lamentou, relembrando o apego que a menina sempre teve ao pai.Além de Luiza, de 8 anos, Champignon ia ser pai de outra menina. A viúva do músico, Claudia Campos, está grávida de cinco meses e dará à luz a Maria Amélia.MorteLuiz Carlos Leão Duarte Junior, ex-baixista da banda Charlie Brown Jr. conhecido como Champignon, foi encontrado morto no apartamento onde morava, na Zona Oeste de São Paulo, na madrugada desta segunda-feira (9). De acordo com informações da Folha de S. Paulo, vizinhos do músico, que tinha 35 anos, chamaram a polícia ao ouvirem barulho de disparos de arma de fogo vindo do imóvel de Champignon. A mulher do baixista, que estava no apartamento com o marido, foi hospitalizada em estado de choque.De acordo com reportagem do Bom Dia São Paulo, da TV Globo, Champignon havia saído com os amigos e a esposa para jantar em um restaurante japonês na noite de domingo (8) e teria retornado para casa aparentemente tranquilo. Contudo, ao chegar no apartamento onde mora, na região do Morumbi, em São Paulo, o artista se fechou em um cômodo onde costumava utilizar como estúdio para ensaios. Foi quando sua esposa ouviu o disparo da pistola 380, encontrada na mão do rapaz. A polícia concluiu a perícia do caso e analisará imagens da câmera de segurança do prédio para reconstituir os últimos passos do músico.A reportagem diz ainda que Champignon vinha lutando para conseguir dinheiro para continuar mantendo uma pista de skate idealizada pelo amigo Chorão, ex-líder do Charlie Brown Jr., encontrado morto em seu apartamento em março deste ano. O local, que foi construído em 2004 e inaugurado em 2005, era um sonho antigo dos dois e funcionava para treinamento de crianças carentes. Champignon fazia shows com "A Banca", banda fundada após a morte de Chorão, para pagar as dívidas do local, que já tinha uma ação de despejo. A próxima presentação da banda seria no dia 21, em Recife.>