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Portal Edicase
Publicado em 26 de março de 2025 às 12:37
Os pelos desempenham um papel essencial na proteção e no bem-estar de cachorros e gatos. Além de ajudarem a regular a temperatura corporal, eles atuam como uma barreira contra agentes externos, como sujeira, raios solares e parasitas. Uma pelagem saudável é sinal de um organismo equilibrado e bem cuidado, refletindo diretamente na qualidade de vida do animal. >
No entanto, é comum que cães e gatos percam pelos diariamente como parte do processo natural de renovação. Essa troca é mais evidente em algumas raças e pode se intensificar em determinadas épocas do ano. Porém, quando a queda de pelos se torna excessiva ou irregular, pode ser um indicativo de problemas de saúde que exigem atenção e, em alguns casos, acompanhamento veterinário. >
Abaixo, veja algumas causas da queda de pelos em cachorros e gatos! >
De acordo com a veterinária Cinthya Ugliara, a queda de pelos em intensidade leve a moderada, dependendo da raça, não é motivo para preocupação. Ainda conforme a profissional, os pelos possuem três fases de crescimento, sendo que, na última, ocorre a queda. >
Além disso, durante o ano há dois períodos em que as quedas são mais intensas, mas, ainda assim, são saudáveis e não produzem falhas na pelagem. “Geralmente [acontecem] na primavera e no outono e duram em torno de 30 dias. Isso ocorre porque a pelagem do animal está sendo preparada para o inverno e verão”, explica. >
No calor, os pets perdem pelos para garantir maior ventilação e evitar o superaquecimento. Nos períodos mais frios, a troca acontece para permitir o crescimento de uma pelagem mais densa e protetora. Embora essa renovação seja natural, a escovação frequente pode ajudar a remover os fios soltos e evitar o acúmulo de pelos pela casa. >
Pulgas, carrapatos e ácaros são inimigos comuns da pele e dos pelos dos pets . Esses parasitas se alimentam do sangue do animal e podem causar intensa coceira, irritação e inflamação na pele, levando à queda de pelos em áreas específicas. >
Além disso, a lambedura excessiva em resposta à coceira pode agravar a perda de pelos. Por isso, é importante ficar atento a sinais como vermelhidão, feridas e comportamento inquieto. O uso de antiparasitários regulares – recomendados por um veterinário – e a higiene do ambiente são essenciais para evitar infestações. >
Alergias alimentares, ambientais ou de contato podem desencadear dermatites, que provocam coceira intensa e perda de pelos. Alguns pets desenvolvem hipersensibilidade a determinados ingredientes na ração, ácaros da poeira, pólen ou até mesmo produtos de limpeza utilizados em casa. >
Quando a alergia não é identificada e tratada, o animal pode coçar-se constantemente, agravando a queda dos pelos e até causando lesões na pele. Um veterinário pode auxiliar na identificação do agente alérgeno e recomendar ajustes na alimentação ou no ambiente. >
Alterações hormonais podem afetar diretamente a saúde da pele e dos pelos dos animais. O hipotireoidismo, comum em cães, leva a um metabolismo mais lento e enfraquece a pelagem, resultando em queda excessiva e fios quebradiços. Em gatos, o hipertiroidismo pode causar sintomas semelhantes. >
Doenças como a Síndrome de Cushing, caracterizada pelo excesso de produção de cortisol, também podem impactar a saúde da pelagem. Se o pet apresentar perda de pelos associada a mudanças no peso, apatia ou alterações na pele, um exame veterinário é essencial para um diagnóstico preciso. >
Uma alimentação equilibrada é fundamental para a manutenção da pele e dos pelos saudáveis. A falta de nutrientes essenciais, como proteínas, ômega 3, vitaminas A e E, e minerais como zinco e ferro, pode resultar em fios fracos, opacos e sujeitos à queda. >
Dietas inadequadas ou de baixa qualidade comprometem a saúde do animal a longo prazo. Investir em uma ração de boa procedência ou suplementação, quando necessário, pode fazer uma grande diferença na aparência e na resistência da pelagem. >
O estresse também pode ser um fator determinante para a queda de pelos em cães e gatos. Mudanças na rotina, falta de enriquecimento ambiental, chegada de novos pets ou membros da família e longos períodos de solidão podem causar ansiedade nos animais. >
Alguns pets demonstram o estresse por meio de lambedura compulsiva e coceira, o que pode levar a falhas na pelagem. Proporcionar um ambiente seguro, oferecer brinquedos interativos e garantir momentos de interação são formas de reduzir o impacto do estresse na saúde do animal. >
Infecções fúngicas, bacterianas e dermatites podem afetar a pele dos animais e resultar na queda de pelos localizada ou generalizada. A sarna , por exemplo, é uma condição causada por ácaros que pode levar à perda significativa da pelagem e a lesões na pele. >
Doenças como a dermatofitose (micose) também comprometem a integridade dos pelos. Caso perceba áreas sem pelo, descamação, feridas ou mudanças na textura da pele do pet , a avaliação veterinária é essencial para iniciar o tratamento adequado. >
A melhor forma de prevenir a queda anormal de pelos é manter um acompanhamento veterinário regular e garantir que o animal tenha uma alimentação balanceada, livre de deficiências nutricionais. A escovação frequente ajuda a remover fios soltos e estimula a circulação sanguínea na pele, promovendo o crescimento saudável dos pelos. >
Além disso, o controle de parasitas e a redução do estresse são medidas fundamentais para evitar problemas dermatológicos. “O veterinário também pode indicar a suplementação com ômega 3 ou outros nutracêuticos, caso avalie que seja necessário”, conclui Cinthya Ugliara. >