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Portal Edicase
Publicado em 24 de março de 2025 às 01:08
As etapas da vida passam rapidamente para todos os seres, mas para cães e gatos a terceira idade chega de forma ainda mais acelerada. Os animais envelhecem até sete vezes mais rápido do que humanos, o que significa que, por volta dos oito anos, muitos animais de estimação já começam a enfrentar os desafios da velhice. Nesse período, eles necessitam de cuidados redobrados para garantir que suas necessidades sejam atendidas e que continuem a viver com qualidade. >
Embora o envelhecimento seja um processo natural e inevitável, aceitá-lo pode ser particularmente difícil para os tutores de pets , que veem seus companheiros de longa data mudando e enfrentando limitações físicas e cognitivas. Para os bichinhos, essa fase é ainda mais desafiadora, por terem mais dificuldade em expressar suas emoções e pedir ajuda. Pela incapacidade de comunicar quando sentem dor, cansaço ou desconforto, muitas vezes, os desafios enfrentados pelos animais são camuflados pelo envelhecimento, tornando os diagnósticos ainda mais difíceis. >
Sabendo disso, Mariana Caetano Teixeira, professora de Medicina Veterinária da UniRitter, explica como os tutores podem proporcionar suporte e conforto para seus pets passarem por esse processo da melhor maneira possível. Confira! >
A principal preocupação ao cuidar de um pet idoso é com a mobilidade. Com o avanço da idade, a mobilidade dos cães e felinos diminui consideravelmente, exigindo uma adaptação no ambiente doméstico. “É importante garantir que o acesso à comida e água esteja na altura deles, sem a necessidade de subir degraus. Esses pequenos ajustes ajudam a melhorar a qualidade de vida do animal”, explica Mariana Caetano Teixeira. Além disso, é fundamental que o tutor esteja atento a sinais de perda de vitalidade, como dificuldades auditivas e visuais. >
Com o avanço da medicina veterinária, a expectativa de vida dos animais aumentou, mas isso também exige mais cuidados. “A chave para uma vida longa e saudável é o diagnóstico precoce de problemas de saúde. Exames periódicos, consultas regulares ao veterinário e exames de imagem são essenciais para identificar doenças em estágio inicial e iniciar o tratamento adequado”, destaca a docente. >
À medida que o animal envelhece, algumas doenças se tornam mais prevalentes. O envelhecimento dos pets é muito semelhante ao envelhecimento humano, com o surgimento de doenças degenerativas, como osteoartrite e disfunções cognitivas (semelhantes ao Alzheimer nos seres humanos). >
“O tripé das doenças relacionadas ao envelhecimento envolve doenças degenerativas, neoplásicas (câncer) e metabólicas, como diabetes e doenças da tireoide”, explica a veterinária. Raças específicas também podem ser mais propensas a certos problemas, como doenças cardíacas e renais. >
A prevenção começa desde a primeira consulta veterinária, que, para a docente, é a mais importante na vida de um animal. “É nela que orientamos os tutores sobre alimentação , cuidados básicos e exames regulares. Esse acompanhamento desde cedo vai ajudar a garantir uma vida longa e saudável ao pet “, afirma a especialista. Além disso, uma dieta de boa qualidade, a vacinação em dia e a realização de check-ups regulares são passos fundamentais. >
Identificar os sinais de envelhecimento e mudanças no comportamento do animal pode ser um desafio. Mariana Caetano Teixeira orienta que os tutores fiquem atentos às alterações nos padrões de sono, reconhecimento de pessoas e outros animais e mudanças na rotina. >
“Perda de controle urinário, dificuldade motora, diminuição da ingestão de alimentos e alterações no comportamento são sinais importantes de que algo pode estar acontecendo e que o veterinário deve ser consultado”, conclui a médica-veterinária. >
Por Carol Passos >