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'Um milagre palpável', declara rapper Vandal ao falar de relação com Santa Dulce

O cantor baiano fez uma participação no show do BaianaSystem neste domingo (27)

  • Foto do(a) author(a) Wladmir Pinheiro
  • Foto do(a) author(a) Brenda Viana
  • Wladmir Pinheiro

  • Brenda Viana

Publicado em 27 de janeiro de 2025 às 10:40

BNegao, Russo, Roberto Barreto e Vandal Crédito: Paula Fróes/CORREIO

Devoto confesso de Santa Dulce, o rapper baiano Vandal falou sobre a relação com a santa durante sua passagem pelo Festival de Verão. O cantor baiano fez uma participação no show do BaianaSystem neste domingo (27).

O rapper, que sempre aparece carregando a imagem da Santa Dulce dos Pobres, declarou que a devoção à freira começou por influência da avó, e considera ambas as maiores referências de sua vida.

Em entrevista ao CORREIO, Vandal se referiu a Irmã Dulce como 'um milagre palpável', e completou declarando que a 'obra da Santa é viva e agrega várias pessoas'.

O rapper já havia falado ao CORREIO, durante uma entrevista em 2021, quando começou sua relação com Dulce.

'Eu coloco minha ligação com Irmã Dulce como um dos pontos que me salvaram e prepararam para todas as coisas que vieram. E me fizeram ter o entendimento de que não sou um artista convencional. Ela vivia para o povo, tinha esse contato com o povo, essa sensibilidade completamente diferente. Me vi nisso a partir do momento que tive as informações que precisava, quando perdi minha avó [Neuza]. Dentro desse processo de hospitais, o sistema de saúde deficitário que temos, eu estava beirando à loucura, entrando e sentindo as debilidades disso: pressão alta, tendo que ser medicado junto à minha avó por estar no ápice da ansiedade e do desespero em si. Foi em Dulce que consegui ter essa graça depois de lutar meses por uma regulação para minha avó, conseguimos uma vaga dentro do Irmã Dulce', relatou.

'Até que perdi minha avó e com toda a certeza de que quando ela foi pra lá, foi para me preparar e realmente receber o abraço de Dulce e de minha avó. E entender que era um processo de passagem. . É uma dor de vida muito forte. Quando fui sepultar minha avó, tinha uma ala nova na Quinta dos Lázaros, que, por incrível que pareça, se chama Santa Rita também. A gente sente, falando soa superficial, mas vendo esse trânsito e indo lá, senti algo que precisava sentir e hoje em dia eu sou grato por ter recebido esse abraço da Santa Dulce e ter feito com que eu me preparasse e entendesse não só o que era perder minha avó, mas entender que sou isso. Um instrumento de transformação para o povo. Vendo a história de Dulce, recebendo o abraço dela, que a gente sente, me coloquei a partir disso como um artista de povo. Como alguém ligado ainda mais ao povo', diz Vandal.