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Ronaldo Jacobina
Publicado em 7 de dezembro de 2024 às 05:00
Durante muito tempo, dei pouco crédito aos restaurantes-fantasmas, aqueles que atendem exclusivamente por entrega, através de canais como telefone, aplicativos de mensagem, sites etc. Nada de endereço fixo, salão decorado, garçons bem vestidos, “nadica” de nada. Sempre gostei do ritual da mesa bem posta, da sequência dos pratos e de outras frescuras que nós humanos adquirimos ao longo da história. Preconceito sim, com certeza.
Embora a gente não costume visitar as cozinhas dos restaurantes, acreditava, sem provas, que este modelo de negócio, que tem origem americana (daí o nome de dark kitchen) deveria ser um lugar sem higiene ou qualquer outro cuidado necessário no preparo de alimentos. Isso, até enfrentar a dura realidade da pandemia que nos obrigou a mudar nossos conceitos pré-estabelecidos, muitas vezes por mera implicância pessoal. Fato é que neste período, os dark kitchens salvaram muita gente. E não só. Foi este sistema que salvou também muitos restaurantes da falência.
Pois foi neste período que passei a conhecer alguns destes lugares (quer dizer, destas comidas, porque continuo sem saber onde eles “moram”) e acabei virando freguês de alguns, especialmente os de cozinha asiática, como o Nozu, por exemplo, que é perfeito. Na semana passada, resolvi me aventurar em um novo japa, até então desconhecido (pelo menos para mim),e me surpreendi. Estou falando do Sattu Sushi, um japinha elegante, que ainda não completou nem um ano de vida (será em janeiro de 25), mas já disse a que veio.
Serviço de entrega correto, horário estabelecido para entrega respeitado, embalagens elegantes e uma comida fresca, bem feita e bem apresentada. Elencar aqui uma ou outra preferida vai me custar memória. Como a farra gastronômica foi grande, me entusiasmei com o conteúdo das embalagens e fui devorando um de cada caixa, de forma quase voraz. Claro que vou ter que pedir de novo algumas coisas que não saem da cabeça, como a dupla de Camarão com Queijo Brie e Dyo de Atum com Foie Gras. Só para relembrar o gostinho especial destes dois belos e deliciosos crustáceos.
Estava ali, na minha frente, um mix de ingredientes do meu agrado. E olhe que nem precisei apertar minha mente. Ficou lá registrado na memória. E olhe que o universo da gastronomia japonesa é gigantesco, mas os meninos (estou falando dos jovens sócios-fundadores, Bruno Barros, Guilherme Caracas e Ygor Figueiredo) que tiveram a manha de apostar na base da cozinha asiática e se livrar das amarras do trivial, agregando ingredientes de outros continentes de forma inovadora e criativa.
Não que tenham reinventado o sushi nem o sashimi, mas apostaram em insumos de alta qualidade e foram além do tradicional salmão e atum. Trouxeram além do fois gras, vieiras e ovas de massago, ingredientes quase nunca encontrados em outros japas que operam como dark kitchens. A memória carregada que mencionei lá atrás registrou outra dupla especial da degustação: a de salmão trufado: fatias finíssimas do legítimo peixe avermelhado, flor de sal, lascas de trufa, ovas de massago e cebolete, sobre o arroz japonês.
O delicioso aroma da trufa, por sinal, presente em outros sushis, ajudou a abrir o apetite (pelo menos o meu) e aguçou minha gula, a ponto de devorar tudo que encontrei trufado nas belas caixas que arrumei na mesa. Era polvo trufado, camarão trufado, vieira trufada... Chegou um momento em que achei que até eu estava trufado. Bom demais!
Depois de reviver em letras essa festa de Babette japonesa, bateu a vontade de provar (em vida) tudo de novo. E é o que farei logo que cravar o ponto final desta resenha. E fique ligado porque é possível entrar na lista VIP do Sattu Sushi e aproveitar benefícios exclusivos, com acesso a ofertas e condições especiais em pedidos futuros.
Serviço
Funcionamento: Diariamente a partir das 17h
Contato: (71) 99650 6713
Delivery: sattusushi.com | Pedido via Delivery Direto