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Roberto Midlej
Publicado em 27 de fevereiro de 2024 às 06:00
No século XVII, o Japão vivia ainda na era feudal e o país era controlado pelo xogum, uma espécie de primeiro-ministro de poder hereditário que tinha amplos poderes. Havia também uma aristocracia que exercia o poder local através dos samurais. É nesse ambiente que se passa a série Xógum: A Gloriosa Saga do Japão, que estreia nesta terça-feira (27) no Star+ e Disney+. Inicialmente, estão disponíveis dois episódios e a cada terça chegará um novo capítulo, até o dia 23 de abril.
A produção é baseada no romance homônimo de James Clavell (1921-1994), um épico de mais de mil páginas lançado em 1975. Em 1980, a história foi adaptada para a TV, em cinco episódios. Agora, ganha essa nova versão, uma produção americana estrelada por um elenco majoritariamente japonês e também falado em grande parte nesse idioma.
disputa política
A história se passa no ano de 1600, durante uma guerra civil no Japão e revela uma complicada disputa pela sucessão de um importante líder, morto recentemente. De olho no poder, estão dois personagens: o lorde Yoshii Toranaga (Hiroyuki Sanada), o chefe da armada leste, e Ishido Kazunari (Takehiro Hira) , seu rival do oeste.
Paralelamente a isso, um misterioso navio inglês é encontrado nas águas japonesas e ali está o capitão John Blackthorne (Cosmo Jarvis), que é capturado pelos nativos, a mando de Toranaga. Inicialmente tratado como um inimigo, aos poucos o capitão se aproxima do lorde e ganha sua confiança, até se tornar seu aliado.
Explica-se a aliança entre os dois: assim como Toranaga, Blackthorne - que é protestante - quer enfrentar os padres jesuítas e comerciantes portugueses, que começam a exercer certa influência no Japão. Toranaga tem ainda outros obstáculos: seus inimigos no Conselho de Regentes, que se unem contra ele para afastá-lo da pretensão de ser o novo líder.
O principal adversário de Toranaga é Ishido Kazunari, um dos membros do Conselho de Regentes, que é também o todo-poderoso bushō (senhor da guerra). Ishido odeia sua origem humilde, mas despreza ainda mais os que nasceram em posição superior. Por isso, não medirá esforços para tirar Toranaga do Conselho e neutralizá-lo como uma ameaça ao seu poder.
Em entrevista ao programa Good Morning America, da rede americana ABC, Hiroyuki Sanada - que é também produtor da série - disse que se trata de um "drama épico e humano, além de estratégia política e drama familiar. Há ainda uma história de amor", ressalta o atro japonês, que esteve em filmes como O Último Samurai (2004) e John Wick (2023).
A série, que tem também cenas sangrentas de ação e batalhas, conquistou a imprensa especializada dos EUA: por enquanto, no site Rotten Tomatoes - que faz uma espécie de compilado das críticas e calcula uma nota final - está com 100% de aprovação, o que é raríssimo.
Dois episódios já no Star+ e Disney+. Novos episódios às terças-feiras