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Ronei Jorge comemora 30 anos de carreira em show no Teatro Sesc

Cantor e compositor começou na banda Mutter Marie e passou também pela Saci Tric. Com a Ladrões de Bicicleta, alcançou projeção nacional e hoje ele segue carreira solo

  • Foto do(a) author(a) Roberto Midlej
  • Roberto Midlej

Publicado em 8 de agosto de 2024 às 06:00

Ronei Jorge
Ronei Jorge Crédito: Rafael Martins/divulgação

A origem das bandas de rock costuma ser a mesma: adolescentes, quase sempre colegas de escola, se juntam e, na casa de um deles, começam a fazer os primeiros covers de seus artistas favoritos. E foi assim que Ronei Jorge, agora com 50 anos, começou sua carreira, que já está completando três décadas. A data vai ser comemorada com o show Ronei Jorge 30A, neste domingo (10), no Teatro Sesc Casa do Comércio.

No início dos anos 1990, o cantor e compositor se juntou aos colegas do colégio Marista e montou a Mutter Marie. Depois, vieram Saci Tric e Ronei Jorge e os Ladrões de Bicicleta, que lhe deu projeção fora do mainstream, com muitos elogios da crítica nacional. Em 2018, estreou em carreira solo com o álbum Entrevista, que também foi muito bem recebido, frequentando lista de melhores do ano das revistas Rolling Stone e Bravo!.

O repertório do show será uma revisão dos 30 anos de estrada do cantor e compositor:

"Confesso que tentei escapar disso, porque passei por fases muito diferentes na carreira, então, é difícil conseguir uma coesão no palco seguindo essa fórmula. Mas ao mesmo tempo é um momento muito especial e comemorativo. Então, dialogo com vários momentos que passei. Aí, vai ter coisas da Saci Tric e da Ladrões de Bicicleta também. Ia ser estranho não ter música da Ladrões, que foi tão importante para mim"

Ronei Jorge

cantor e compositor

O show tem direção artística de dois velhos conhecidos de Ronei: Jarbas Bittencourt e Fábio Espírito Santo. “São dois amigos meus de longuíssima data. Trabalhamos juntos, intensamente em Amor Barato [peça teatral dirigida e escrita por Fábio]. Eu e Jarbas compusemos as músicas com o texto de ‘Espírito’”. Em junho passado, Ronei e Jarbas se juntaram no show Encontros, Improvisos e Canções, que foi apresentado na Sala do Coro do TCA.

A banda que acompanha Ronei neste domingo é formada por Carla Suzart (baixo e voz); Taciano Vasconcellos (guitarra); Luisa Muricy (voz); Allan Villas Bôas (bateria) e Juliano Oliveira (teclado). Embora “oficialmente” siga carreira solo, Ronei diz que costuma ouvir muito os colegas de banda na hora de pensar os arranjos e a produção de seus trabalhos: “Na carreira solo, tem o ‘peso’ maior de tomar sozinho a decisão final, a responsabilidade é maior”, destaca Ronei.

O novo show vai ter participação das cantoras Lívia Nery e Manuela Rodrigues. “Tenho uma ligação com vários artistas da cena musical da Bahia e sou muito grato a essas pessoas. Manu, por exemplo, foi uma das primeiras a me chamar para participar de um show, acho que no segundo disco dela. Desde então, temos uma relação de amizade e admiração mútua”. Já Lívia Nery tocou teclado ainda nos primeiros ensaios de Entrevista, mas saiu da banda para seguir carreira solo.

Diversidade musical

Nos 30 anos de estrada, Ronei experimentou diversos estilos. No começo, na Mutter Marie, fazia um som bem pesado e frequentava a cena underground do rock soteropolitano: “Na época [início dos anos 1990], Salvador era dominada pelo axé. Então, os outros gêneros iam para os guetos. A gente tocava na rua, lembro bem da Ponta de Humaitá. Fizemos show até num espaço de somaterapia, o Tesão e Cia., no Rio Vermelho”, diverte-se Ronei, lembrando. Já a Saci Tric, segunda de Ronei, tinha influência do rock dos anos 1970, enquanto a Mutter Marie era identificada com o pós-punk. “Mas sempre tinha uma ‘coisa’ brasileira, porque a gente curtia bandas como Picassos Falsos e DeFalla”, ressalta.

O marco para calcular as três décadas de música é a primeira gravação, que ocorreu em 1993, quando a Mutter participou da coletânea Bazar Musical S/A, que tinha também as bandas Meio Homem e Úteros em Fúria.

Paralelamente à música, Ronei cultiva uma outra paixão, que são os filmes. Tanto que fez faculdade de cinema e chegou a realizar duas produções: o documentário Ridículos, que acompanhava um grupo de palhaços, e Jessy, uma homenagem à cena transformista de Salvador. Em ambas, Ronei dividia a direção com Paula Lice e Rodrigo Luna. Mas Ronei nunca alimentou o desejo de ser cineasta: “Fiz a faculdade por prazer mesmo, porque via muito filme e queria conhecer mais da teoria do cinema”, revela o músico.

SERVIÇO

Show Ronei 30A, de Ronei Jorge. Domingo (11), às 19h. Ingresso: R$ 40 | R$ 20 (primeiro lote). À venda no Sympla