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Luiza Gonçalves
Publicado em 18 de fevereiro de 2025 às 08:34
Nascida em Periperi, Subúrbio Ferroviário de Salvador, as vivências de carnaval chegaram cedo à vida da jornalista Rita Batista, 45, de uma forma diferente daquelas propagadas nos circuitos oficiais da folia. No seu bairro, ficava localizada a garagem do trio elétrico Tapajós, onde via seu criador, Orlando Tapajós, construir o caminhão passo a passo. “A diversão nas férias era justamente ver como os trios eram feitos, antes de colocar a carroceria, de montar toda a estrutura, de colocar as bocas de som, dos músicos irem testar. Vi muitas vezes Luiz Caldas chegar na garagem de seu Orlando para testar o trio dele. Sou das entranhas da música baiana e desses equipamentos que amplificam esse som”, relembra Rita. >
Anos depois, ela volta a ocupar um lugar de porta-voz para a folia soteropolitana e das cinco regiões do país através do especial Glô na Rua, que entra na programação da emissora a partir deste domingo (22). Explorando as cores, ritmos e diversidade de 10 capitais na festa mais popular do Brasil, o programa trará equipes de repórteres ao vivo dos circuitos de blocos, fanfarras e trios sob o comando da apresentadora, diretamente da Central dos Blocos em Salvador, mostrando festas já tradicionais e outras menos conhecidas pelos brasileiros.>
“Estarei nos estúdios, ali bem em frente ao mar da Barra, comandando a Central de Blocos, chamando as praças. Vai ser tudo Odara!! Este ano começamos ao vivo uma semana antes do Carnaval oficial. Como onde tem povo na rua tem Glô na Rua, mostraremos esse clima pré-carnavalesco. Até dia 4 de março, você vai me ver na telinha da Globo, mostrando tudo que acontece em cada cidade, suas peculiaridades”, explica Rita, animada.>
Cobrindo o carnaval há mais de 20 anos, a jornalista afirma que a maior mudança em sua atuação profissional e o ponto positivo de trabalhar num período tão querido pelos brasileiros é estar do lado B da folia de Momo. “Poder contar a história da maior festa popular do mundo, entrevistar aqueles artistas que eu admiro e admirava quando criança, poder contar a história dos blocos afro e ter a oportunidade de presenciar grandes encontros”, garante a apresentadora.>
Nas entradas ao vivo, das 9h às 19h, na grade de programação da Globo, Rita será acompanhada pelos repórteres-foliões Oyama Filho (Manaus), Carol Maloca (Recife), Mari Araújo e Adriano Reges (Goiânia), Similião Aurélio (Brasília), Pedro França e Felipe Velozo (Rio de Janeiro), Letícia Vidica (São Paulo), Kdu dos Anjos (Belo Horizonte), Naiara Arpini (Vitória), Mayrah Luiza (Florianópolis) e Felipe Velozo e Luana Assiz (Salvador).>
Time baiano>
“Mostrar o Carnaval de Salvador para o Brasil no Glô na Rua é um marco super importante na minha carreira. Salvador tem um verão efervescente, por isso a gente tem assunto ‘carnavalesco’ desde antes da folia oficial. É o que venho fazendo nesse projeto, mostrando as histórias, os personagens, o jeito soteropolitano de viver esse período do ano. E o conteúdo está ficando lindo”, afirma a repórter da TV Bahia Luana Assiz.>
Aquariana apaixonada pelo carnaval pipoca, blocos afro e pela guitarra baiana – de Armandinho a Roberto Barreto –, Luana divide há 17 anos as comemorações de seu aniversário com a cobertura jornalística da folia e assume que é apaixonada pela festa, mesmo com seus desafios. “É uma sensação de pertencimento renovada, porque sempre vivi o carnaval intensamente e, desde que comecei a atuar como jornalista, o carnaval se tornou um período de muito trabalho (mas sempre consigo curtir depois). Os desafios de uma cobertura como essa são inúmeros, mas posso citar alguns: cuidar do corpo, da voz; estudar para estar preparada para o improviso e para mostrar com propriedade o que está acontecendo ao vivo ou em um VT”, pontua.>
Luana divide as coberturas de rua neste ano com Felipe Velozo, que também integra a equipe de cobertura carioca. “Para mim, é uma alegria gigantesca falar do meu lugar no mundo, Salvador. Falar do meu povo, da minha cultura, com o meu sotaque, meu suingue, meu jeito. É bom demais jogar em casa. Esse é meu segundo ano e eu estou com a expectativa dobrada. Eu nunca passei o carnaval no Rio, então, chego nessa cobertura no lugar de curioso, fazendo descobertas e revelando para o telespectador o que tem de mais legal ao conhecer outros formatos de Carnaval, seja nos bloquinhos, nas fanfarras, nas charangas que eles têm no Rio ou nos megablocos também. Estou feliz demais e honrado”, pontua Velozo.>
*Com coordenação da editora Dóris Miranda>