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Relembre a carreira de Gene Hackman, ator achado morto ao lado da esposa

Ele sempre evitou holofotes: "Fui treinado para ser ator, não uma estrela"

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 27 de fevereiro de 2025 às 07:33

Gene Hackman em Os Imperdoáveis
Gene Hackman em Os Imperdoáveis Crédito: Divulgação

O ator Gene Hackman, encontrado morto aos 95 anos, deixou uma carreira lendária no cinema. O corpo do artista, de 95 anos, foi encontrado em casa ao lado da mulher Betsy Arakawa, de 63, e do cachorro dos dois, também mortos, em Santa Fé, nos EUA.  Não há indícios de crime.

Hackman, cujo nome está gravado na história do cinema norte-americano, teve uma carreira brilhante que durou mais de seis décadas, conquistando duas estatuetas do Oscar: Melhor Ator por "Operação França" (1971), no qual interpretou o policial Popeye Doyle em uma missão para desmantelar uma quadrilha de traficantes em Nova York, e Melhor Ator Coadjuvante por "Os Imperdoáveis" (1992), no papel de Little Bill Daggett, um xerife determinado a manter a ordem em sua cidade em um faroeste dirigido por Clint Eastwood. Além dos Oscars, ele acumulou quatro Globos de Ouro, três prêmios Bafta e um Urso de Ouro de Melhor Ator no Festival de Berlim.

Nascido em San Bernardino, Califórnia, em 30 de janeiro de 1930, Hackman enfrentou uma infância difícil. Seu pai, um jornalista, abandonou a família quando ele tinha 13 anos, e ele cresceu lidando com uma mãe alcoólatra, que morreu em um incêndio provocado por ela mesma. Aos 16 anos, ele se alistou nas Forças Armadas, mentindo sobre sua idade, e serviu por quatro anos e meio. Após deixar o exército, mudou-se para Nova York, onde começou a atuar e estudou na Pasadena Playhouse, na Califórnia, local onde fez amizade com Dustin Hoffman, outro futuro ícone de Hollywood.

O ator, que sempre evitou os holofotes da fama, declarou em uma entrevista relembrada pela BBC: "Fui treinado para ser ator, não uma estrela. Fui treinado para interpretar papéis, não para lidar com fama, agentes, advogados e imprensa." Ele também confessou que se sentia desconfortável ao se assistir na tela, descrevendo-se como "um velho com queixos largos, olhos cansados e entradas no cabelo".

Entre seus trabalhos notáveis estão clássicos como "Bonnie e Clyde – Uma Rajada de Balas" (1967), no qual formou um histórico casal de ladrões ao lado de Faye Dunaway, e "Mississípi em Chamas" (1988), um filme aclamado pela crítica. Também estrelou "Os Excêntricos Tenenbaums", de Wes Anderson. Sua última aparição no cinema foi em "Bem-vindo a Mooseport" (2004), no papel de Monroe Cole.

Hackman era casado com a pianista Betsy Arakawa desde 1991, com quem mantinha uma vida discreta, longe da mídia. O casal não tinha filhos, mas o ator deixou três filhos de relacionamentos anteriores: Christopher Allen Hackman, Leslie Anne Hackman e Elizabeth Jean Hackman.

Gene Hackman e Betsy Arakawa em 2003
Gene Hackman e Betsy Arakawa em 2003 Crédito: Shutterstock