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Recital de Fernanda Montenegro na ABL tem confusão e bate-boca
Fãs dizem que foram disponibilizados mais ingressos do que a lotação permitia, o que academia nega
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Carol Neves
Publicado em 12 de março de 2025 às 07:47
Um evento organizado pela Academia Brasileira de Letras (ABL), no Rio de Janeiro, na tarde de terça-feira (11), terminou em confusão e discussões. O recital da atriz Fernanda Montenegro, que marcou a abertura do Ano Acadêmico da ABL, foi palco de desentendimentos devido à superlotação do local. Segundo relatos de presentes, a organização emitiu mais convites do que a capacidade do Teatro R. Magalhães Jr., deixando muitos fãs e espectadores sem acesso ao espetáculo. As informações foram divulgadas pela colunista Fábia Oliveira, do Metrópoles.
Pessoas que chegaram com antecedência, portando ingressos, foram informadas de que não havia mais espaço no auditório. “Cheguei às 15h, com ingresso em mãos, e me disseram que não tinha mais lugar”, relatou uma das pessoas que não conseguiu entrar. A situação gerou revolta entre os presentes, que se viram impedidos de assistir ao recital. “É uma falta de respeito convidar mais gente do que o local comporta”, desabafou outra pessoa.
Rafaela Ferreira, uma das fãs de Fernanda Montenegro, contou que o evento começou enquanto ela ainda aguardava na fila. “Percebemos que o recital havia começado porque vimos uma transmissão em uma TV do lado de fora. Disseram que o teatro estava lotado e trancaram as portas. Quem ficou de fora, ficou”, afirmou.
A assessoria de imprensa da ABL negou que tenham sido distribuídos mais ingressos do que a capacidade do teatro e ressaltou que, uma vez iniciado o espetáculo, não era permitida a entrada de mais pessoas.
O recital, intitulado "Uma Academia toda prosa", contou com a leitura de textos de grandes nomes da literatura brasileira, como Machado de Assis, João Guimarães Rosa e Rachel de Queiroz, além de obras de membros atuais da ABL, incluindo Ailton Krenak, Ana Maria Machado e Paulo Coelho. Fernanda Montenegro, que recentemente retornou aos cinemas com o filme "Vitória", foi a responsável por conduzir a apresentação, que deveria ser um momento de celebração, mas acabou marcado pela frustração de muitos espectadores.