Receba por email.
Cadastre-se e receba grátis as principais notícias do Correio.
Estadão
Publicado em 5 de fevereiro de 2024 às 13:44
O rapper Killer Mike foi algemado e escoltado pela polícia de Los Angeles na arena Crypto, logo depois da alegria que teve durante a cerimônia do Grammy no domingo, 4, ocasião em que ganhou seus três prêmios, um após o outro, mostra um vídeo postado pelo The Hollywood Repórter.
O representante da delegacia responsável pela prisão de Mike disse que o rapper foi detido após uma briga na arena, perto das 16h. Ele foi autuado por conduta violenta. O músico, cujo nome real é Michael Render, foi solto por conta própria às 20h37 (horário local), e deverá se apresentar no tribunal em Los Angeles em 29 de fevereiro.
A equipe de Mike não respondeu imediatamente aos e-mails ou mensagens pedindo por respostas. "A única coisa que limita sua idade é não ser verdadeiro sobre ela ou sobre o que está fazendo", Mike, de 48 anos, disse nos bastidores. Ele ganhou por Melhor Perfomance de Rap, Melhor Música de Rap e Melhor Álbum de Rap.
"Aos 20 anos de idade, eu achava que era legal ser um traficante", ele disse. "Aos 40, eu comecei a viver com o arrependimento das coisas que fiz. Aos 45, eu comecei a fazer rap sobre isso, Aos 48, eu estou aqui de pé como um homem cheio de compaixão e empatia pelas coisas que fiz", disse.
A primeira vitória de Mike veio logo após ele ganhar por Melhor Performance de Rap com Scientists & Engineers. Ele também levou para casa o prêmio de Melhor Música de Rap. O single tem participação de Andre 3000, Future e Eryn Allen Kane. Mike também faturou o prêmio de Melhor Álbum de Rap com Michael.
Antes de domingo, o último Grammy de Killer Mike foi em 2003, quando ganhou por The Whole World como Melhor Performance de Rap em duo ou grupo.
Quando recebeu seu terceiro prêmio neste domingo, 4, o rapper de Atlanta, EUA, gritou: "Sweep! Atlanta, it’s a sweep", que pode ser traduzido como "levar de lavada".
Como um membro da banda Run the Jewels, Mike, junto com o produtor El-P, emplacou quatro álbuns aclamados pelos críticos. Ele fez sucesso na música como um ativista social e político contra a desigualdade de pessoas pretas, relações de raça, e se tornou um suporte da campanha eleitoral do senador Bernie Sanders, em 2016, nos Estados Unidos.
O ganhador do Grammy foi apresentador da série documental da Netflix TW com Killer Mike, estreada em 2019, que fala sobre assuntos que afetam a comunidade negra. Ele também fez um pedido para acalmar um protesto contra a violência policial que se tornou agressivo em Atlanta.