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Elis Freire
Publicado em 19 de novembro de 2024 às 15:51
A cantora Preta Gil usou as suas redes sociais nesta segunda-feira (18) para refletir sobre o filme “Ainda Estou Aqui”. Preta não poupou elogios para o longa, ambientado durante a ditadura militar no Brasil, escolhido para representar o país na disputa pelo Oscar 2025.
A cantora e apresentadora contou que ficou emocionada com a obra, por lembrar do período em que seus pais, Gilberto Gil e Sandra Gadelha, ficaram exilados durante a ditadura. O medalhão da MPB foi exilado em 1969, em Londres, após ser preso em dezembro de 1968, primeiros anos do regime.
“Um filme precioso, um documento histórico muito importante para que a gente nunca esqueça o que aconteceu nesse país nos anos 60 e 70. Para mim, é muito tocante porque meus pais foram exilados. Uma história muito nossa que vale a pena ser exaltada“, disse a artista.
A cantora também fez questão de exaltar o elenco da produção, que inclui nomes como Fernanda Torres, Selton Mello, Fernanda Montenegro, Humberto Carrão, Marjorie Estiano e mais. “Falar da Nanda, não tenho nem palavras para descrever. É tão lindo, tudo, a delicadeza, a leveza, a beleza da interpretação dela e do Selton, comovente. E dona Fernadona… assistam só, todo o elenco, vamos prestigiar o cinema brasileiro”, ressaltou.
‘Um enorme passado pela frente’
A obra é ambientada no Brasil de 1971 e mostra um país em crise e sob o controle feroz da ditadura militar. Baseada nas memórias de Marcelo Rubens Paiva sobre sua mãe, Eunice Paiva, a trama acompanha a história de uma mãe de cinco filhos que é obrigada a se reinventar como ativista quando seu marido é sequestrado pela Polícia Militar e desaparece.
A personagem, vivida por Fernanda Torres, busca por anos respostas em relação ao ente apartado dela pela ditadura, fazendo valer à reflexiva frase do humorista Millôr Fernandes: “O Brasil tem um enorme passado pela frente”.
“Ainda Estou Aqui” já foi visto por mais de 1 milhão de espectadores no Brasil, de acordo com dados do Comscore.