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Popó revela conselho para filho gay: 'O fiofó é seu, dá para quem quiser'

Baiano conta como cabeça evoluiu em relação a sexualidade

  • Foto do(a) author(a) Da Redação
  • Da Redação

Publicado em 29 de fevereiro de 2024 às 17:33

Popó ao lado do filho Crédito: Reprodução / SBT

Em entrevista ao podcast Hello Val, Popó voltou a falar sobre a relação com Juan Freitas, seu filho gay de 24 anos. Na conversa, o boxista relembrou o dia em que ficou sabendo da sexualidade do rapaz.

"Quando o meu filho, aos 16 anos, veio falar para mim que é gay. Primeiro a família falava: 'você nunca reparou no jeito dele?' Aí eu o chamei para conversar e falei: 'Juan, deixa eu te perguntar uma coisa. A família está falando que você é gay, me conta isso'. Ele disse: 'Pai, eu não sei. Sinto atração por menina e menino'. E eu falei: 'quando você se decidir você fala comigo'. Depois de três meses, ele veio e me apresentou um namoradinho", contou.

"Ele veio, conversou comigo: 'pai, meu namorado'. Ah, que legal. E eu ainda brinquei: 'se não tratar meu filho bem, vou te dar uma porrada''", completou o lutador, aos risos.

Popó também revelou conselhos.

'Falei: 'você tem que saber de que forma e onde você vai abordar o seu carinho, o seu mor por ele. Você tem que saber, porque nem todo mundo aderiu essa ideia. E outra: você tem um sobrenome e cuidado com as redes sociais, que pode acabar com o seu psicológico, pelo fato de você ter um pai lutador de boxe, então, você precisa ter muito cuidado. E outra coisa: agora vou te falar como homem: entre quatro paredes, bote para f#$%¨, se não você vai ser corno'", disse. "E ele perguntou: 'mas o senhor não vi brigar comigo?'. E eu respondi: 'Eu? o fiofó é seu, você dá para quem quiser. Seja feliz".

A cabeça do lutador evoluiu com o tempo, relata ele. "Na minha época, se tivesse um gay na família, meu pai matava ou espancava, e se tivesse um corno era motivo de gozação".

Ele falou ainda que aprendeu com o filho a se referir da maneira correta aos homossexuais: "Eu perguntei: meu filho sobre a opção e ele me explicou que é orientação e não opção e disse: eu gostaria de que o senhor me respeitasse. Ele tinha 16 para 17 anos. Ele me disse que se tivesse opção não seria gay: 'Essa orientação que eu tenho de ser gay é algo que transcende qualquer tipo de comentário do senhor'. Isso é verdade. Independente de sexo".