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Para onde vai o Oscar brasileiro? Estatueta de Melhor Filme Internacional não fica com o diretor

Pela primeira vez, Brasil faturou o prêmio

  • Foto do(a) author(a) Carol Neves
  • Carol Neves

Publicado em 3 de março de 2025 às 10:15

Walter Salles com a estatueta
Walter Salles com a estatueta Crédito: Divulgação/The Academy

O Brasil fez história no Oscar 2025, conquistando pela primeira vez o prêmio de Melhor Filme Internacional com "Ainda Estou Aqui". A vitória foi um marco para o cinema brasileiro, mas a estatueta, como tradição do prêmio, pertence ao país e não ao diretor.

Walter Salles, ao receber o prêmio, fez questão de agradecer e dedicar a estatueta: “Em nome do cinema brasileiro, é uma honra tão grande receber isso de um grupo tão extraordinário. Isso vai para uma mulher que, depois de uma perda tão grande no regime tão autoritário, decidiu não se dobrar e resistir... Esse prêmio vai para ela: o nome dela é Eunice Paiva. E também vai para as mulheres extraordinárias que deram vida a ela. Fernanda Torres e Fernanda Montenegro”, disse Salles.

O longa, inspirado no livro de Marcelo Rubens Paiva, conta a história de Eunice Paiva (interpretada por Fernanda Torres), uma advogada e ativista que passou 40 anos em busca da verdade sobre o desaparecimento de seu marido, Rubens Paiva, ex-deputado federal assassinado durante a ditadura militar. "Ainda Estou Aqui" também foi indicado nas categorias de Melhor Atriz (para Fernanda Torres) e Melhor Filme, mas acabou perdendo para  Mikey Madison e "Anora" em ambas as categorias.

"Ainda Estou Aqui" disputava o prêmio com outros filmes internacionais: "A garota da agulha" (Dinamarca), "Emilia Pérez" (França), "A semente do fruto sagrado" (Alemanha) e "Flow" (Letônia).