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Paquito é o bom filho que à casa torna

Gravado por Daniela e Bethânia, cantor e compositor anuncia volta aos palcos, em show hoje (28) na Sala do Coro do TCA

  • Foto do(a) author(a) Luiza Gonçalves
  • Luiza Gonçalves

Publicado em 28 de janeiro de 2025 às 02:00

Com início da trajetória artística marcada pela banda de rock Flores do Mal, Paquito produziu dois premiados álbuns: um de Batatinha e outro de  Riachão
Paquito produziu dois premiados álbuns: um de Batatinha e outro de Riachão Crédito: @uandersonbrittes

“Voltei a cantar porque senti saudade”, diz a canção de Lamartine Babo, escrita para o cantor Mário Reis, que, após uma aposentadoria precoce, decidiu voltar para a música. No caso do cantor e compositor baiano Paquito, foi a pandemia que o afastou dos palcos, mas a motivação de voltar é a mesma: a alegria de estar em cena e cantar as reflexões cotidianas. Homenageando a música brasileira e conectando-se com o sentimento do retorno, Paquito apresenta hoje (28) o show Voltei a Cantar na Sala do Coro do Teatro Castro Alves, às 20h.

A ocasião especial veio acompanhada de mais uma celebração, a chegada dos seus 61 anos e a possibilidade de celebrar artisticamente a idade. “O aniversário vai ser a dois dias do show e eu não sei fazer festa. Então, o melhor é estar no palco mesmo. Quando eu subi no palco pela primeira vez, aos 15 anos de idade, num festival de colégio, mudou minha relação com o mundo. Eu era um cara muito tímido e, a partir desse momento no palco, passei a ser uma outra pessoa, interagir mais com o mundo ao redor. Esse show é principalmente por amar estar no palco”, revela o artista.

Paquito iniciou sua carreira na década de 1980, na banda de rock Flores do Mal, formada em quarteto com os músicos Eider (guitarra), Eduardo Luedy (baixo) e Antônio Machado (bateria). “Eu aprendi a ser músico na Flores do Mal; em vez de frequentar uma escola de música, a minha escola foi tocar com os meninos. A gente conversava bastante, nós éramos muito criteriosos com esse trabalho e éramos uma banda de rock que assumia nossa brasilidade. Sou o que sou hoje como músico graças a essa interação com os meninos”, garante.

Compositor gravado por Bethânia, Daniela Mercury, Jussara Silveira, Renato Brás e Sarajane, entre outros, Paquito produziu, com J. Velloso, dois premiados álbuns, Diplomacia, de Batatinha, e Humanenochum, de Riachão, e possui três discos autorais: Falso Baiano (2003), Bossa Trash (2008) e Xará (2019).

Em Voltei a Cantar, parte dessa história será retratada em cena, a partir de um repertório que passeia pelas canções mais importantes da carreira de Paquito, trazendo ainda novidades desses cinco anos de composição desde Xará. “Vai ter músicas como Brisa, que é um poema de Manuel Bandeira que eu musiquei e Bethânia gravou; vai ter Amigo Punk, da época do Flores do Mal, e também canções novas. Porque o Xará foi lançado em 2019, então, eu estou com muitas canções. Vai ser uma mistura, estou selecionando o repertório com muito carinho”, garante, acrescentando que a preparação para o show “está dando até aquele frio na barriga”, brinca.

Novas composições

Em plena fase criativa, Paquito se prepara para lançar um novo disco, repleto de reflexões sobre as mudanças aceleradas do mundo contemporâneo. Inspirado por questões como tecnologia, meio ambiente e incomunicabilidade, ele busca expressar nas suas músicas uma visão atemporal. “Tem muitas canções novas falando das coisas que estão rolando, mas eu sempre tenho muito cuidado para não ser um simples noticiador. Eu quero que minhas canções tenham perenidade estética”, garante.

Paquito também compartilha sua abordagem ao consumir música na atualidade, priorizando a qualidade e a essência criativa, independente da época. “Eu gosto do novo que é novo e do velho que é novo também”, explica. Aprecia movimentos mais recentes, como o rap em sua lírica assertiva, e pondera que “as pessoas, às vezes, falam de muita coisa nova como se fosse vulgar e a vulgaridade é interessante na criação popular”.

Também valoriza o trabalho de colegas e amigos, como Lívia Nery, Eduardo Luedy e J. Velloso. “Minha audição não é guiada pelo aqui agora. Como ficou chato ser moderno, agora quero ser eterno”, finaliza, citando Drummond.

SERVIÇO - Paquito no show ‘Voltei a Cantar’

Terça-feira (28), às 20h, na Sala do Coro do TCA

Ingressos: R$ 40 e R$ 20, à venda no Sympla.

Com orientação da editora Doris Miranda