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Luiza Gonçalves
Publicado em 12 de abril de 2024 às 05:00
Nostalgia, vibração e alegria são os três elementos que definem o Batidão Tropical Vol.2 aos olhos de Pabllo Vittar. “Eu nunca vi um projeto me deixar tão feliz na vida. Gravando, trabalhando no processo e depois ouvindo. Estou muito ansiosa e confiante, tenho certeza que as pessoas vão se identificar com esse projeto que tanto me faz feliz”, declara a cantora, sorridente na chamada de vídeo.
O sexto álbum de estúdio marca a continuidade de um projeto de grande importância pessoal e profissional na carreira de Pabllo. Seguindo o sucesso de Batidão Tropical (2021), a nova produção une em 14 faixas canções autorais e regravações, passeando por ritmos como forró elétrico, brega, tecnobrega e homenageando artistas dos anos 2000 que são grande fonte de inspiração da Pabllo.
“Sou uma pessoa que nasceu no Maranhão mas minha infância foi toda no Pará. Então, tenho um pé no norte e outro no nordeste. O Batidão Tropical é um projeto que me deixa muito feliz de poder lembrar da criança que eu fui, da adolescência, descobrindo os primeiros amores... E essas músicas digamos que são a trilha sonora da minha vida”, afirma.
O projeto surgiu como uma experimentação na pandemia, quando a artista fazia lives de forró. Ao ser provocada pelos fãs a fazer um álbum com aquele repertório, resolveu gravar nove músicas, que compuseram seu trabalho mais elogiado. “Foi uma chama que se acendeu para galgar essa segunda edição”, afirma Pabllo.
Forró eletrônico
Ela diz que Batidão Tropical Vol. 2 eleva as referências musicais e estéticas apresentadas anteriormente. Na capa ela já diz a que veio: “Avião, Caviar com Rapadura, Mulheres Perdidas, Asas Morenas, que sempre traziam aquelas mulheres belíssimas na cama”. A artista defende ainda uma sonoridade pautada em letras de amor, em que se destacam os feats com Gaby Amarantos, Maderito, Taty Girl e Will Love.
“Para mim [lançar o álbum] é mostrar para o Brasil o quanto ele é rico em cultura, em diversidade musical, principalmente no norte e no nordeste, que são regiões que na maioria das vezes acabam sendo esquecidas pelos eixos de grandes shows e produções”, pontua Pabllo Vittar.
Esse volume dois do Batidão conta com regravações de hits como Pra te Esquecer (Banda Calypso) e Não Desligue o Telefone (Banda Djavú), e uma versão de Listen To Your Heart (Roxette), que ganhou o título Pede Pra Eu Ficar. Regravações em português de sucessos da gringa são um clássico no universo das bandas de forró. Além de Pede Pra Eu Ficar, o disco traz uma versão de Don't Want to Get Hurt (Roxette).
“Eu escrevi a versão de Pede Pra Eu Ficar sem saber se iam autorizar. Mas aí autorizaram e a galera da Roxette super amou a versão, eles deram até uma entrevista falando sobre a música, dizendo que a produção ficou muito legal”, diz.“É sempre um trabalho muito minucioso mesmo. Até porque eu quero exaltar o trabalho desses artistas. Então, nada mais justo que eles também participem de alguma forma”, conta, ressaltando que fez questão de apresentar as versões aos ‘donos’ das músicas.
Outros volumes
Pabllo Vittar afirma já estar ensaiando para a turnê Batidão e não descarta a possibilidade de registros em audiovisual. “Tem muitos volumes ainda para vir, né? É um projeto que quero fazer intercalado com meus outros álbuns autorais. Tem tanta música legal para a gente explorar”, garante a cantora. Vittar conta que acha muito bacana apresentar esse repertório a um novo público.
“Meu pop sempre veio do que é popular, do que toca nas ruas, do que tocava na minha infância. Então, para mim é um prazer enorme poder cantar essas músicas no meu show. Me dá um quentinho no coração saber que a criança que eu era ouvindo essas músicas se tornou hoje a artista que pode mostrar essas músicas para o mundo”, conclui.